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26/jun/2020Ao lado de sexo e gênero, o assunto relacionado a raça é o tópico mais discutido em nossa cultura hoje. Tempestades de retórica e conflito revolvem em torno do tema todos os dias na política, nas artes, nos negócios, na mídia e, especialmente, nas mídias sociais. É natural e correto que os cristãos se manifestem nessas conversas a partir de sua experiência pessoal, mas, como acreditamos que a Bíblia tem o direito de interpretar nossa experiência e criticar todas as culturas, devemos considerá-la como nossa autoridade final.
É importante dizer desde o início, é claro, que todos nós lemos as Escrituras através das lentes de nossa própria cultura, o que distorce parcialmente nossa visão de seu ensino. Portanto, quando discutimos “o que a Bíblia diz sobre raça”, precisamos fazê-lo com humildade e estarmos abertos à correção.
O Antigo Testamento e o tema da raça
Criação por um Deus Triúno. A Bíblia começa com Deus formando o mundo através de sua Palavra e Espírito criativos (Gênesis 1.1-3); um Deus que, no Novo Testamento, sabemos ser Triúno (João 1.1-3). Deus é um e ainda existe em três pessoas iguais, eternas e distintas. Deus não é mais três do que um, nem mais um do que três. Ele é a perfeita unidade na diversidade e a diversidade na unidade. As implicações disso são claras em Efésios 4.1-6. Paulo exorta os cristãos efésios a se unirem, apesar de seus diversos dons e chamados (vv.7-13). Mas a unidade que Paulo pede não é uma abstração. Ela é motivada pelo apelo à unidade na diversidade da Trindade – “um Espírito… um Senhor… um Deus e Pai de todos”[1]. Uma vez que Deus é a unidade na diversidade, os cristãos podem e devem conhecer a unidade através das diversas barreiras humanas de raça e cultura.
A fragmentação da queda. Quando os seres humanos deixaram de amar e servir a Deus, o resultado imediato foi uma alienação entre as pessoas (Gênesis 3.7-24), uma alienação que rapidamente levou à violência (Gênesis 4.8, 23-24). Alguns capítulos depois, vemos que essa fragmentação e divisão hostil continua a crescer em escopo. Após o dilúvio, Deus chama novamente os seres humanos (Gênesis 9.1), como em Gênesis 1.26-27, para se espalharem e encherem a terra, construindo comunidades e sociedades.
Em vez disso, porém, os seres humanos decidiram ficar juntos e construir uma grande torre que chegasse aos céus, a fim de “fazer um nome para nós mesmos” (Gênesis 11.4) através de conquistas tecnológicas. A torre de Babel deveria ser um monumento e um sinal de uma sociedade baseada na glória do homem, e não na glória de Deus. O resultado é que “Deus confundiu a língua deles para que eles não pudessem se entender” (Gênesis 11.7). A unidade deles ruiu e se dispersaram.
O juízo de Deus, mesmo que fosse repentino e sobrenatural, reflete os resultados reais e autoinfligidos do pecado na comunidade humana. Toda cultura que não é baseada em Deus criará um ídolo – um valor último – a partir de outra coisa, e esse ídolo necessariamente causará divisão. Se minha família é o meu maior amor, privilegiarei minha família sobre os outros. Se for o meu negócio, meu grupo racial ou os meus interesses egoístas individuais, privilegiarei minha raça ou a mim mesmo sobre outras raças e outras pessoas. O resultado do pecado é que a humanidade se divide em guetos raciais e culturais segregados que não conseguem se entender. Alguns desses guetos são criados para grupos menos poderosos por parte de grupos mais poderosos. No entanto, espiritualmente falando, até mesmo os grupos raciais dominantes e dominadores são irremediavelmente guetizados, pois estamos todos sob a influência do pecado, sendo cegos e surdos em relação à plena humanidade das pessoas de outras comunidades.
Israel e as nações. A Bíblia conecta todos os seres humanos a um casal, ensinando que, no fundo, existe apenas uma raça, a raça humana. “De um só [Deus] fez toda a raça humana para que habitasse sobre toda a superfície da terra…” (Atos 17.26)[2]. Embora o pecado divida continuamente a raça humana em facções beligerantes que não se compreendem, essa hostilidade não é a vontade de Deus. Muito embora em Gênesis 12 Deus escolha trazer sua salvação ao mundo através de um homem (Abraão) e, portanto, através de uma família que se torna uma nação em particular (Israel), no início Deus explica que seu objetivo é abençoar todas as nações e famílias da terra (Gênesis 12.2-3).
Mesmo quando Deus dá leis a Israel, tornando-a distinta das nações vizinhas, sempre é com o objetivo de atrair essas outras nações ao Senhor (Deuteronômio 4.5-7). Este plano é repetidamente declarado pelos profetas que preveem uma eventual igualdade espiritual entre Israel, Assíria e Egito, os grandes inimigos. Surpreendentemente, Isaías escreve que um dia o Senhor dos Exércitos dirá: “Feliz seja o Egito, meu povo, e a Assíria, obra de minhas mãos, e Israel, minha herança” (Isaías 19.25).
O Novo Testamento e o tema da raça
Jesus e as nações. No entanto, mesmo dentro de Israel, que estava saturada com essas mensagens a respeito da igual preocupação de Deus por todas as raças e nações, a pecaminosidade do coração humano se moveu para fazer da raça um ídolo. Jesus veio ao mundo alegando que era o Servo mencionado em Isaías 42, que “anunciará a justiça aos gentios” (Mateus 12.18-21, citando Isaías 42.1-3). Quando disse à multidão na sinagoga que seu ministério era para todas as raças, assim como aconteceu quando Elias e Eliseu ministraram à viúva de Zarafate e a Naamã, o sírio, os ouvintes ficaram tão furiosos que tentaram jogá-lo de um penhasco (Lucas 4.24-30). No entanto, Jesus permaneceu fiel à sua missão. Ele considera a fé de um opressor romano maior do que qualquer outra em Israel (Mateus 8.5-13). Quando Jesus envia seus discípulos, ele os envia a “todas as nações”, sem exceção ou favoritismo (Mateus 28.18-20).
O Pentecostes e as nações. A tragédia de Babel é precedida por uma “Tabela das Nações”, isto é, uma lista de várias raças e nacionalidades da época. O outro único lugar na Bíblia em que temos uma “Tabela das Nações” é em Atos 2.5-12. Como era Páscoa, pessoas de muitos outros países haviam se reunido — elas eram distintas em termos linguísticos, pois falavam a língua de seus países de origem. No entanto, quando o Espírito Santo desceu sobre os discípulos após a ressurreição de Jesus e os apóstolos começaram a pregar publicamente, Deus realizou um milagre que foi uma inversão intencional do juízo de Babel.
Em Babel, as pessoas de uma única língua não conseguiam entender umas às outras, pois estavam tentando alcançar o céu com suas próprias forças para “fazer um nome para si mesmas”. No Pentecostes, pessoas de muitas línguas foram capazes de entender a mensagem de Deus. Por quê? Porque em Atos 2, Deus “desce” novamente, mas desta vez em bênção, não em juízo (Gênesis 11.5ss). No Pentecostes, Deus reverteu a maldição de Babel através da obra de seu Filho.
Em Cristo, não há judeu nem grego (Gálatas 3.28). Em Efésios 2.14ss, Paulo explica que a cruz remove o orgulho e o autoengrandecimento que levam à animosidade racial e à desunião humana. Agora a igreja deve mostrar ao mundo como a comunidade perdida da humanidade pode ser recuperada em Cristo. Devemos ser uma “cidade alternativa” de Deus (Mateus 5.14-17) no meio de toda “Cidade do Homem”, mostrando a unidade das pessoas através da cultura, barreiras raciais e de classe que somente Cristo pode trazer[3]. E finalmente, algum dia, a maldição terá desaparecido totalmente. “Então darei lábios puros aos povos, para que todos invoquem o nome do SENHOR e o sirvam com o mesmo espírito” (Sofonias 3.9).
Pedro, Paulo e a igreja primitiva. Apesar do milagre de Pentecostes, o livro de Atos mostra como era difícil para os cristãos absorverem a mensagem do evangelho, na forma como se apresentava em relação a raça e racismo. Atos 10-11 é um caso clássico em questão. Deus quer que Pedro vá ver Cornélio, um centurião romano. Para isso, porém, Deus precisa enviar vários sinais marcantes, obviamente sobrenaturais a Pedro, a fim de levá-lo a visitar um gentio. Primeiro, ele dá a Pedro uma visão de um grande lençol (ou toalha de mesa) sobre o qual repousam animais “impuros”, conforme designado pela lei mosaica. A voz de Deus diz para Pedro não considerar impuro nada que Deus tenha criado. Isso se repete por três vezes. No entanto, a visão por si só é insuficiente para ajudar Pedro. Ele não compreende (Atos 10.17).
Em seguida, Deus, o Espírito, diretamente ordena que ele vá com os homens que estão prestes a aparecer à sua porta (vv.19-20). Pedro finalmente ouve dos homens que um anjo havia aparecido para um centurião gentio, Cornélio. Isso mostra como eram fortes os preconceitos raciais e como era amplo o abismo entre judeus e gentios.
“É difícil compreendermos o abismo intransponível que se alastrava naqueles dias entre os judeus, de um lado, e os gentios, de outro. Não que o Antigo Testamento tenha aprovado tal divisão […]; o Antigo Testamento afirmava que Deus tinha um propósito para os gentios. Ao escolher e abençoar [os judeus], ele pretendia abençoar todas as famílias da terra (Gênesis 12.1-4). […] A tragédia foi que Israel transformou essa doutrina da eleição em favoritismo, ficou cheia de orgulho e ódio racial, desprezava os gentios como ‘cães’ e desenvolvia tradições que os mantinham separados. Nenhum judeu ortodoxo jamais entraria na casa de um gentio […]; todas as relações familiares com os gentios eram proibidas.” John Stott, The Message of Acts: The Bible Speaks Today.
Pedro finalmente vai até a casa de Cornélio e confessa: “Na verdade, reconheço que Deus não trata as pessoas com base em preferências. Mas, em qualquer nação, aquele que o teme e pratica o que é justo lhe é aceitável” (Atos 10.34-35). Esta é uma das mensagens centrais do livro de Atos, na medida em que vemos os crentes judeus, sob o poder do evangelho, aceitando e abraçando os primeiros samaritanos, e em seguida os africanos (Atos 8), os romanos (Atos 10) e os gregos (Atos 11).
Apocalipse. O clímax da Bíblia e da história é encontrado no livro do Apocalipse. Como vimos, o Novo Testamento enfatiza a unidade fundamental da raça humana (Atos 17.26) e a igualdade de todas as pessoas criadas à imagem de Deus (Gênesis 1.26-27), mas principalmente dentro da igreja, em Cristo (Gálatas 3.28). Entretanto, vemos no livro final da Bíblia um reconhecimento notável da diversidade indelével dos seres humanos. A Nova Jerusalém será enriquecida, porque “os reis da terra lhe trarão a sua glória” e “para ela virão a glória e a honra das nações” (Apocalipse 21.24, 26). Vemos cada cultura e raça trazendo “honras peculiares” (presentes particulares) ao Senhor em adoração.
E Apocalipse 7.9ss nos diz que o povo de Deus será de “toda língua, tribo, povo e nação” no novo céu e nova terra. Nossos corpos não são recipientes descartáveis e sem importância para a alma. Eles serão ressuscitados e grande parte de nossa vida pré-ressurreição será trazida para a nova criação. O corpo da ressurreição de Jesus era ao mesmo tempo diferente e reconhecível e continha as marcas dos cravos da cruz (João 20; Lucas 24). Apocalipse 7.9ss nos diz que nosso corpo ressurreto manterá sua etnia. A redenção final, portanto, não apaga as diferenças raciais e culturais. As diferentes culturas têm suas próprias glórias e esplendores, o que é semelhante aos diferentes dons do corpo de Cristo.
Ao enfatizar demais a unidade da raça humana, sempre há o perigo de insistir que a raça não é importante, como ensinava o liberalismo mais antigo, a saber, que devemos ser completamente “daltônicos”. No entanto, também é possível — principalmente hoje em dia, em tempos de novo progressismo e de políticas identitárias — colocar muita ênfase na diversidade irreconciliável, de modo que nenhum grupo racial tenha o direito de “fala” na experiência do outro grupo, o que obscurece nossa humanidade comum.
O evangelho e o tema da raça
Considerando que foram necessárias três visões para que Pedro enxergasse a importância da igualdade racial dentro da igreja em Atos 10-11, é incrível chegar a Gálatas 2 e ver que ele se recusou a comer com os crentes gentios. Paulo o repreende, mas a base de sua crítica é crucial para o estudo. Ele fala sobre o incidente:
“Mas, quando vi que não agiam corretamente, conforme a verdade do evangelho, disse a [Pedro] na frente de todos: ‘Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como os judeus, por que obrigas os gentios a viver como judeus? Nós, judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios, sabemos, contudo, que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo.” (Gálatas 2.14-16)
O argumento básico de Paulo para Pedro é: A: “Deus não teve comunhão com você com base em sua raça e cultura (v.15). Embora você fosse bom e devoto, sua raça e costumes nada tinham a ver com isso — seu relacionamento com Deus é baseado na graça.” Portanto, B: “Como, então, você pode ter comunhão com outras pessoas com base na raça e cultura (v.14)?” Notemos duas coisas sobre o que Paulo está fazendo.
Primeiro, a análise de Paulo sobre o pecado é digna de nota. Ele não diz simplesmente que o racismo é um pecado, embora seja de fato um fracasso em amar o próximo como a si mesmo (cf. Lucas 10.25-37). Em vez disso, Paulo está expondo as raízes espirituais do racismo — é uma rejeição do evangelho da salvação e um retorno à justificação por nossos esforços morais ou por nossa linhagem. Os cristãos que caem no racismo continuam a confiar na justiça das obras em pelo menos uma parte de suas vidas. Seus corações ainda se opõem à graça e procuram encontrar meios de autojustificação. Eles tentam criar maneiras de se sentir superiores, mais aceitáveis e melhores que os outros… e usam suas características raciais para fazê-lo.
Segundo, o tratamento real de Paulo ao pecado é brilhante. Ele não disse simplesmente a Pedro: “Arrependa-se do pecado do racismo, seu preconceituoso!”, mas antes, disse: “Arrependa-se do pecado de esquecer seu acolhimento gracioso por parte de Deus através do sacrifício dispendioso de Cristo”. Paulo não se concentrou apenas no pecado comportamental, mas também na raiz da justiça própria por baixo dele. Essa abordagem é muito mais persuasiva e eficaz do que simplesmente reclamar com alguém por ser racista. Quando, em nosso apelo, tentamos motivar as pessoas, exortando-as a ver suas riquezas em Cristo, estamos apontando para o valor e a dignidade que elas possuem. Não estamos rebaixando-as, mas exaltando-as enquanto as criticamos. Por outro lado, se tentarmos motivá-las, expondo-as à vergonha, elas sentirão (com razão) uma justiça própria de nossa parte, e isso apenas estimulará e aumentará essa justiça própria, não a diminuirá. Em vez disso, quando usamos a graça de Deus como motivador, podemos criticar de maneira brusca e direta, mas os ouvintes geralmente conseguem perceber que, apesar disso, somos a favor deles.
O orgulho racial de Pedro também estava fundamentado no medo (v.12 — ele estava com medo). Quando nosso pecado está enraizado no medo, precisamos ser amados e fortalecidos para obter a coragem de fazer o que é certo, apesar de nosso medo. Se Paulo tivesse apenas dito: “Seu racismo é uma violação das regras de Deus”, esse medo não teria sido tratado. Mas quando Paulo disse: “Seu racismo é uma violação da graça e misericórdia de Deus para com você”, ele também estava abordando o medo de Pedro. Ele apelou: “Você se esqueceu do amor de Cristo por você, Pedro”.
Conclusão
Em nosso próximo ensaio, darei mais atenção ao caráter do pecado do racismo e como o evangelho o aborda. Por enquanto, posso terminar dizendo que falta a análise do evangelho das raízes do racismo e sua cura em muitas das conversas atuais sobre raça. Existem hoje muitas vozes defensivas negando a magnitude do problema e acusando quase todos que falam fortemente sobre o racismo na igreja de serem muito “socialmente despertos”, de serem “guerreiros da justiça social” ou marxistas. Por outro lado, muitas das vozes que estão falando sobre a injustiça racial não estão se inspirando na abordagem de Paulo. Eles recorrem à vergonha e geralmente exibem uma justiça própria.
Alguns podem responder, dizendo que qualquer “policiamento de tom” é em si uma maneira de silenciar vozes de protesto e, de fato, isso poderia acontecer. Entretanto, Gálatas 2 não está falando sobre o tom de voz. As palavras de Paulo poderiam ter sido fortes e intensas e nem um pouco “agradáveis”. Mas, se não fizermos o policiamento de tom, devemos fazer o policiamento do coração. Se quisermos chamar os outros a abandonar a autojustificativa destrutiva do racismo, ativa e consciente, além de implícita e oculta, o evangelho deve antes drenar nossa justiça própria. Jesus expulsou os cambistas do templo e chamou os fariseus de “sepultos caiados” (Mateus 23.37). Todavia, Jesus também foi tão terno que sobre ele disseram: “Não esmagará a cana quebrada, e não apagará o pavio que fumega, até que faça triunfar a justiça” (Mateus 12.20).
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[1] Paulo motiva a união por meio de sete exortações – “um corpo e um Espírito […] uma esperança […] um Senhor, uma fé, um batismo, um Deus e Pai de todos.” Essa lista na verdade se reduz a três, porque três dos itens são as três pessoas da Trindade e as quatro restantes são maneiras pelas quais os crentes se relacionam com o Pai, Filho e Espírito Santo. Veja PT O’Brien, The Letter to the Ephesians, Eerdmans, 1999, p. 280.
[2] Tenho plena consciência de que a ciência atual não acredita que todo ser humano possa ser geneticamente rastreado até um único casal. Não vou abordar aqui se houve um “Adão e Eva literais”. Eu acredito que houve, mas, para nossos propósitos, é necessário apenas observar o que a Bíblia está ensinando aqui, a saber, que há no fundo apenas uma raça — a raça humana.
[3] “Os papéis raciais são substituídos no Novo Testamento, onde ‘não há mais grego nem judeu […], bárbaro, cita, escravo, ou homem livre, mas, sim, Cristo, que é tudo em todos’ (Colossenses 3.11). Qualquer tentativa de classificar os ramos da humanidade por meio de um apelo a Gênesis 9.25-27 está refletindo o que Deus demoliu.” (Derek Kidner, Genesis: A Commentary and Introduction, IVP, 1967, p. 103.)
Traduzido por Jonathan Silveira.
Texto original: The Bible and Race. Gospel in Life.
Timothy Keller nasceu e cresceu na Pensilvânia, com formação acadêmica na Bucknell University, no Gordon-Conwell Theological Seminary e no Westminster Theological Seminary. Ele é pastor da Redeemer Presbyterian Church, em Manhattan. Já esteve na lista de best-sellers do New York Times e escreveu vários livros, entre eles A fé na era do ceticismo, Igreja centrada, A cruz do Rei, Encontros com Jesus, Ego transformado, Justiça generosa, entre outros, todos publicados por Vida Nova. |
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Justiça social tem a ver com teologia da libertação? Com missão integral? Ou com a pura e simples graça de Deus? Nesta obra Tim Keller analisa a fundamental relação entre evangelho e justiça e nos dá uma visão bíblica de justiça social. Ele nos mostra que a preocupação com a justiça em todos os aspectos da vida não é acréscimo artificial nem contradição à mensagem das Escrituras, pois a Bíblia é a verdadeira base da justiça. Publicado por Vida Nova. |
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4 Comments
E se substituirmos o termo raça para étnicos?
Excelente explanação.
Muito bom!
Análise bíblica e contemporânea.
Excelente! Pretendem traduzir os artigos seguintes? (São 4 no total)