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Martinho Lutero nasceu em 10 de novembro de 1483, em Eisleben, na Saxônia, filho de um minerador de prata de classe média. Destinado para o estudo de Direito, preferiu a vida monástica, na qual, após muitas lutas, desenvolveu uma nova compreensão de Deus, da fé e da igreja. Isso o envolveu num conflito com o papado, seguido de sua excomunhão e da fundação da Igreja Luterana, a qual presidiu até morrer, em 1546.

Essas três frases resumem a vida de Lutero. Contudo, alguém que acredite que um resumo desses ou mesmo uma extensa biografia que apresente sua obra durante toda a vida sob o aspecto dos acontecimentos externos possa realmente explicar Lutero, mal penetrou a superfície do assunto. Certa vez, Paul Althaus referiu-se a Lutero como um “oceano”.[1] Essa imagem aplica-se não somente à enorme produção literária de Lutero, mais de cem fólios na grande edição de Weimar, mas também à sua poderosa originalidade e enervante profundidade.

Apenas dois outros teólogos na história da igreja, Agostinho e Aquino, aproximam- se da estatura de Lutero; apenas outro conjunto de escritos, os próprios documentos do Novo Testamento, foram estudados com tanto escrutínio quanto as obras do reformador de Wittenberg. Não é difícil afogar-se num oceano assim.

Foram feitas diversas tentativas de interpretar Lutero sob o aspecto de sua influência posterior na história.[2] A historiografia católica tradicional retrata um monge louco, um psicótico demoníaco derrubando os pilares da Madre Igreja. Para os protestantes ortodoxos, Lutero foi o cavaleiro divino, um Moisés, um Sansão (demolindo o templo dos filisteus!), um Elias, até mesmo o quinto evangelista e o anjo do Senhor. Para os pietistas, foi o bondoso apóstolo da conversão. Os nacionalistas alemães celebravam-no como herói do povo e “pai de seu país”; os teólogos nazistas fizeram dele um protoariano e o precursor do Führer. Significativamente, os textos de Lutero podem ser citados em defesa de cada uma dessas caricaturas. Nenhuma delas, entretanto, considera seriamente a maneira como Lutero via a si mesmo, que é o ponto onde uma avaliação satisfatória de sua teologia deve começar.

Longe de tentar fundar uma nova denominação, Lutero sempre viu a si mesmo como um fiel e obediente servo da igreja. Daí seu profundo desgosto pelo fato de os primeiros protestantes, na Inglaterra e na França, assim como na Alemanha, terem sido chamados “luteranos”:

A primeira coisa que peço é que as pessoas não façam uso de meu nome e não se chamem luteranas, mas cristãs. O que é Lutero? O ensino não é meu. Nem fui crucificado por ninguém. […] Como eu, miserável saco fétido de larvas que sou, cheguei ao ponto em que as pessoas chamam os filhos de Cristo por meu perverso nome?[3]

Essa renúncia, escrita em 1522, não era o protesto de uma falsa humildade, mas, sim, um real esforço de reduzir um “culto da personalidade”, já em surgimento, e dirigir a atenção à fonte do pensamento do reformador. “O ensino não é meu”. Compreender o que Lutero quis dizer com essa afirmação é apreender o impulso central de sua teologia da Reforma.

Num sermão do mesmo ano, Lutero explicou sua percepção acerca de seu próprio papel nos eventos da Reforma:

Simplesmente ensinei, preguei, escrevi a Palavra de Deus; não fiz mais nada. E então, enquanto eu dormia, ou bebia cerveja de Wittenberg com meu Filipe [Melâncton] e meu [Nicolaus von] Amsdorf, a Palavra enfraqueceu tão intensamente o papado que nenhum príncipe ou imperador jamais fez estrago assim. Não fiz nada. A Palavra fez tudo.[4]

Tal afirmação parece fantástica à mente moderna, para a qual Lutero representou, no mínimo, um homem de ação. Desafiando o papa, acalmando os camponeses, intervindo em crises políticas, ensinando, pregando, debatendo, casando e dando-se em casamento: Lutero não era apenas um ouvinte da Palavra, mas certamente um cumpridor dela. Contudo, o ouvir, o receber, era primordial para Lutero. Fides ex auditu, “a fé vem pelo ouvir”, é talvez o melhor resumo de sua descoberta da Reforma.[5]

Lutero não via a si mesmo como agente da revolução eclesiástica, um Lênin ou um Robespierre do século 16, disposto a abalar o mundo e derrubar reinos. O fato de o papado e o império terem sido abalados, se não destruídos, pelas palavras de um simples monge alemão, segundo ele, foi apenas um subproduto providencial de sua vocação anterior. “Não fiz nada. Deixei a Palavra agir.” O que Lutero realmente fez, o que foi chamado a fazer, foi ouvir a Palavra. “A Palavra tem por natureza o ser ouvida”, ele ressaltou. Lutero também disse: “Se você perguntar a um cristão qual é sua tarefa e por que ele é digno do nome cristão, não pode haver nenhuma outra resposta senão que ele ouve a Palavra de Deus, isto é, a fé. Os ouvidos são os únicos órgãos do cristão”.[6] Ele ouviu a Palavra porque era sua tarefa fazê-lo e porque veio a crer que a salvação de sua alma dependia disso. Lutero não se tornou um reformador porque atacou as indulgências. Ele atacou as indulgências porque a Palavra já havia criado raízes profundas em seu coração.

A vida de Lutero presta-se a uma narrativa dramática: a crise na tempestade, o debate com John Eck, em Leipzig, a queima da bula papal, a confissão “aqui permaneço eu, Deus me ajude”, em Worms. Há, entretanto, outro incidente em sua carreira, não tão dramático e raramente relatado, de importância decisiva para sua obra futura. Aconteceu em setembro de 1511, logo depois de Lutero ter saído de uma de suas depressões espirituais. Ele e Johann von Staupitz, padre da ordem agostiniana, mentor e confessor de Lutero, estavam sentados sob uma pereira, no jardim, quando o ancião declarou que o jovem Lutero devia preparar-se para a carreira de pregador e tornar-se doutor em teologia. Lutero, bastante espantado com tal sugestão, replicou: “Vossa Reverência vai privar-me da vida”. Ao que Staupitz respondeu, num tom de pilhéria: “Tudo bem. Deus tem muito trabalho para homens inteligentes lá no céu”.[7] De fato, Lutero já havia completado os três graus exigidos para o doutorado: o Baccalaureus Biblius, que o habilitava a dar preleções introdutórias da Bíblia; o Formatus, que significava um conhecimento prático da terminologia escolástica e o Setentiarius, que o autorizava a fazer preleções sobre os dois primeiros livros das Sentences [sentenças] de Pedro Lombardo, o compêndio doutrinário tomado como padrão na Idade Média. Então, ele passou a preencher os requisitos para seu doutorado em teologia. Em 18 de outubro de 1512, o grau foi solenemente conferido. Nessa ocasião, Lutero recebeu uma boina de lã, um anel de prata e duas Bíblias, uma fechada e a outra aberta. Ele fora indicado para um cargo vitalício de lectura in Biblia na Universidade de Wittenberg, sucedendo ao próprio Staupitz.[8]

No inverno de 1512, o rev. dr. Martinho Lutero começou a preparação para seus sermões sobre Salmos (1513-1515), a que se seguiram, por sua vez, Romanos (1515-1516), Gálatas (1516-1517), Hebreus (1517) e novamente Salmos (1518-1519). Mais tarde, observou: “No transcorrer desses estudos, o papado escapuliu de mim”.[9] Ademais, durante esses anos, Lutero passou da condição de monge desconhecido numa universidade atrasada para o palco central da política europeia. (Um Quem é quem das universidades alemãs, compilado em 1514, nem sequer chega a citar o nome de Lutero!) No tumulto que se seguiu, ele foi sustentado por um forte senso da importância de seu chamado como professor das Escrituras Sagradas. Como Calvino, mais tarde, o qual sentiu que Deus o havia “empurrado para o jogo”, Lutero também responsabilizou a iniciativa divina. Referindo-se ao estímulo de Staupitz, ele disse: “Eu, […] dr. Martinho, fui chamado e forçado a tornar-me doutor, contra minha vontade, por pura obediência, e tive de aceitar um cargo de ensino como doutor, e prometo e voto pelas Sagradas Escrituras, que tanto amo, pregá-las e ensiná-las fiel e sinceramente”.[10] Embora Lutero mais tarde tivesse renunciado a seus votos monásticos, casando-se com uma ex-freira, apegou-se tenazmente a seu professorado e a seu grau de doutor.[11] Como professor da igreja, dedicou-se a ouvir a Palavra de Deus, a meditar profundamente sobre as Escrituras. Dessa atividade basicamente passiva, Lutero recebeu algo extraordinário para dizer.[12]

De que maneira devemos compreender Lutero como teólogo? O corpus luterano contém muitos gêneros diferentes de escritos: comentários, catecismos, tratados polêmicos, controvérsias, hinos, sermões, cartas pessoais, a Table Talk [Conversa à mesa] etc. Em nenhum deles, entretanto, há algo que remotamente se assemelhe a uma teologia sistemática. Mesmo a Confissão de Augsburgo, pela qual Lutero foi apenas parcialmente responsável, fornece somente afirmações teológicas específicas, não um sistema doutrinário completo. Os escritos de Lutero são invariavelmente contextuais, ad hoc, dirigidos a situações particulares, com metas definidas em mente. Isso não significa que a teologia de Lutero era casual, nem que não havia temas gerais e padrões em seu pensamento. Entretanto, devemos deixar os temas emergirem das próprias preocupações primordialmente pastorais de Lutero, em vez de impor nossa estrutura sobre ele. Para fazer isso, será bastante útil examinar o enfoque teológico básico de Lutero, o qual podemos descrever sob o aspecto de três características constantes. A teologia de Lutero era ao mesmo tempo bíblica, existencial e dialética.

Lutero era um teólogo bíblico. Isso pode significar simplesmente que ele era um professor de exegese, sobretudo do Antigo Testamento, na Universidade de Wittenberg. Em termos mais amplos, contudo, isso significa uma ruptura radical com o currículo padrão da teologia escolástica e uma reorientação da teologia ao texto bíblico. Não estamos falando aqui da doutrina formal de Lutero sobre as Escrituras, nem do princípio reformista da sola Scriptura, ambos resultantes de um desenvolvimento anterior. O que temos em mente é a campanha que Lutero levantou contra a teologia escolástica de sua época e seus planos para uma reforma geral do currículo universitário, a fim de que “o estudo da Bíblia e dos pais da igreja possa ser imediatamente restaurado em toda sua pureza”.[13]

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Lutero instruiu-se completamente na tradição nominalista da Idade Média tardia. Em certos tópicos, tais como a questão dos universais, Lutero continuou sendo um expoente da via moderna, mesmo após seu aparecimento como reformador.[14]  Entretanto, bem cedo em sua carreira, quando ainda um Sententiarius, Lutero revelou um profundo ceticismo acerca do valor da filosofia na atividade teológica: “A teologia é céu, sim, mesmo o reino dos céus; o homem, entretanto, é terra, e suas especulações são fumaça”.[15] A percepção de Lutero com respeito ao abismo intransponível entre a teologia e as “especulações” humanas intensificou- se à medida que ele mergulhava mais profundamente nos textos bíblicos.

Já em 1515, ele se referiu aos nominalistas como “teólogos-porcos”.[16] Em setembro de 1517, aproximadamente dois meses antes da explosão da Controvérsia das Indulgências, Lutero resumiu seu ataque contra a teologia escolástica num disparo contra Aristóteles: “É um erro dizer que um homem não pode tornar-se teólogo sem Aristóteles. A verdade é que não pode tornar-se teólogo sem se livrar de Aristóteles. Em resumo, comparado com o estudo da teologia, o todo de Aristóteles é como a escuridão para a luz.[17] Lutero não tinha nada contra Aristóteles em si. O que ele rejeitava era todo o esforço da teologia escolástica de fazer da filosofia aristotélica a pressuposição da doutrina cristã, de interpretar a revelação bíblica relativamente à “sofística” pagã, de reduzir os grandes temas das Escrituras — graça, fé, justificação — à algaravia escolástica. No espírito de Tertuliano, Lutero perguntava o que Jerusalém tinha que ver com Atenas, a igreja com a academia, a fé com a razão.

Os epítetos dados por Lutero à razão eram tão severos — a Meretriz do Diabo, a besta, a inimiga de Deus, Frau Hulda — que seus críticos muitas vezes o rotularam de irracionalista. Brian Gerrish mostrou que o uso que Lutero fazia do termo razão (ratio, Vernunft) era mais matizado. Lutero não denegriu de maneira alguma a razão naquilo em que é cabível, isto é, em sua habilidade de julgar e discernir os assuntos da sociedade e do governo humanos. Quando a razão ultrapassava esse nível “mundano” e começava a investigar e discutir sobre assuntos divinos, “essa mulher esperta, Madame Jezabel”, torna-se insuficiente, porque “todas as obras e palavras de Deus são contra a razão”.[18]

Para Lutero, no campo da verdadeira teologia, a razão funcionava apenas ex post facto, ou seja, como princípio ordenado pelo qual a revelação bíblica era claramente apresentada. A razão iluminada, a razão incorporada à fé, poderia assim “servir a fé ao pensar sobre alguma coisa”, porque a razão informada pelo Espírito Santo “extrai todos os seus pensamentos da Palavra”.[19] Isso deve ser firmemente lembrado quando ouvimos a famosa declaração de Lutero em Worms: “A menos que eu seja condenado pelas Escrituras e pela razão simples, não posso e não irei me retratar”. A razão não era uma fonte independente de autoridade paralela às Escrituras — sua consciência ainda estava “cativa à Palavra de Deus” —, mas meramente a inferência necessária das próprias Escrituras.[20]  Lutero não depreciava a racionalidade humana; ele até mesmo conferiu à razão redimida uma tarefa funcional no trabalho da teologia. O que ele realmente rejeitou como teólogo bíblico foi a arrogância da razão, que, na teologia escolástica, tirou a primazia da revelação.

Quando chamamos Lutero de teólogo existencialista, queremos dizer que, para ele, o interesse por Deus era uma questão de vida ou morte, envolvendo não apenas o intelecto de um homem, mas sua existência como um todo. Para Lutero, a teologia era sempre intensamente pessoal, experiencial e relacional.


Notas

[1] Paul Althaus, The theology of Martin Luther, tradução em inglês de Robert C. Schultz (Philadelphia: Fortress, 1966), p. vi [edição em português: A teologia de Martinho Lutero (Canoas: ULBRA, 2008)].

[2] As inúmeras avaliações de Lutero desde a Reforma foram registradas por Ernst Walter Zeeden, The legacy of Luther (London: Hollis and Carter, 1954). Veja tb. o levantamento apresentado em Bernhard Lohse, Martin Luther: an introduction to his life and work (Philadelphia: Fortress, 1986), p. 199-235.

[3] WA 8, p. 685.

[4] Citado em Gordon Rupp, Luther’s progress to the Diet of Worms (New York: Harper and Row, 1964), p. 99. Originalmente em Works of Martin Luther (Philadelphia: Muhlenberg Press, 1915), vol. 2, p. 399-400.

[5] Este é o título do excelente estudo de Ernst Bizer acerca da doutrina da justificação de Lutero: Fides ex auditu: Eine Untersuchung über die Entwicklung der Gerechtigkeit Gottes durch Martin Luther (Neukirchen: Moers, 1958).

[6] WA 4, p. 9: “Natura verbi est audiri”. Cf. a perspicaz análise desse texto em Gerhard Ebeling, Luther: an introduction to his thought, p. 70-5 [edição em português: O pensamento de Lutero (São Leopoldo: Sinodal, 1988)]. Quanto a “ouvidos como os únicos órgãos do cristão”, veja WA 57/3, p. 222; LW 29, p. 224: “Mas a palavra ‘ouvidos’ é extraordinariamente enfática e poderosa; pois, na nova lei, todos aqueles incontáveis encargos das cerimônias, isto é, os riscos de pecados, foram eliminados. Deus não exige mais os pés, as mãos ou qualquer outro membro; ele requer apenas os ouvidos. A tal ponto que tudo foi reduzido a um modo fácil de viver. Pois, se você perguntar a um cristão qual é a obra pela qual ele se torna digno do nome ‘cristão’, ele não será capaz de dar absolutamente nenhuma outra resposta além de que é a escuta da Palavra de Deus, isto é, a fé. Portanto, os ouvidos são os únicos órgãos de um homem cristão, pois ele é justificado e declarado cristão por causa da fé, e não por causa das obras de algum membro”.

[7] Essa é a paráfrase da resposta de Staupitz feita por Roland Bainton em Here I stand: a life of Martin Luther, p. 59 [edição em português: Cativo à Palavra: a vida de Martinho Lutero (São Paulo: Vida Nova, 2017)]. Cf. o texto original em WA TR 3, p. 187-8.

[8] Os detalhes da promoção de Lutero ao doutorado são examinados em E. G. Schwiebert, Luther and his times (St. Louis: Concordia, 1950), p. 193-6.

[9] WA 30/3, p. 386; LW 34, p. 103: “Quando comprometido com esse tipo de ensino, o papado cruzou meu caminho e quis impedir-me. É óbvio para todos como isso aconteceu, e irá acontecer de forma ainda pior. Eu não serei impedido”.

[10] Ibidem.

[11] Nos primeiros anos da Reforma, Andreas Bodenstein von Karlstadt, superior de Lutero em Wittenberg que havia presidido a cerimônia de outorga do doutorado de Lutero, em 1512, renunciou a seus próprios graus de doutor (ele possuía três!), destituiu-se de suas insígnias acadêmicas, demitiu-se de seu cargo universitário e juntou-se aos camponeses de Orlamünde como seu pastor-fazendeiro. Lutero criticou o novo estilo de vida de Karlstadt em seu tratado “Contra os profetas celestiais”: “O que você acha agora? Não é uma bela nova humildade espiritual? Usar um chapéu de feltro e trajes cinzentos, não querer ser chamado de doutor, mas, sim, de irmão André e caro vizinho, como qualquer outro camponês […] como se o comportamento cristão consistisse em tais dissimulações externas”. LW 40, p. 117; WA 18, p. 100-1.

[12] WA 40/1, p. 610: “Na realidade, nosso saber é passivo, e não ativo; isto é, somos conhecidos por Deus, em vez de o conhecermos. Devemos deixar que Deus opere em nós. Ele dá a Palavra”.

[13] WA BR 1, p. 170, n. 74: “Ut rursum Bibliae et S. Patrum purissima studia revocentur”. Isso se encontra numa carta de 9 de maio de 1518, escrita por Lutero a Jadotus Trutfetter, seu antigo professor em Erfurt.

[14] Veja Brian A. Gerrish, Grace and reason: a study in the theology of Luther (New York: Oxford University Press, 1962), p. 45.

[15] WA 9, p. 65. Veja a análise que Heiko A. Oberman faz desse texto em “Facientibus Quod in se est Deus non Denegat Gratiams: Robert Holcot O. P. and the beginnings of Luther’s theology”, in: Steven Ozment, org., The Reformation in medieval perspective (Chicago: Quadrangle Books, 1971), p. 119-41.

[16] Heinrich Boehmer, Luther in the light of recent research (New York: The Christian Herald, 1916), p. 87.

[17] James Atkinson, org. Luther: early theological works (Philadelphia: Westminster Press, 1962), p. 269-70.

[18] Gerrish, Grace and reason, p. 19-20.

[19] WA TR 1, p. 439; LW 54, p. 71.

[20] Gerrish, Grace and reason, p. 24-5.


 

Timothy George é diretor-fundador e professor de teologia da Beeson Divinity School. É mestre em teologia pela Harvard Divinty School e doutor na mesma área pela Harvard University. Ensina história da igreja, teologia histórica e teologia dos reformadores. Além disso, é editor-executivo da Christianity Today e participa também do conselho editorial da The Harvard Theological Review, Christian History e Books & Culture. É casado com Denise e pai de Christian e Alyce.
Como pensavam Lutero, Zuínglio, Calvino e Simons, grandes reformadores da história da igreja cristã? Esses homens fazem parte do alicerce de toda estrutura do pensamento teológico das principais igrejas em todo o mundo. O autor introduz o assunto apresentando uma análise do pensamento teológico predominante no final da Idade Média. Indispensável para quem se interessa por história das doutrinas.

Publicado por Vida Nova.

 

 

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