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28/dez/2015Quem não se lembra do Wilson? Ela mesma, a famosa bola de vôlei que se tornou o melhor amigo de Tom Hanks em “Náufrago” (2001). Esse filme marcou minha adolescência! O longa-metragem relata a história do ocupado Chuck Noland que, após um acidente de avião, acaba sozinho em uma ilha deserta. Ali, Chuck se vê privado de todos os privilégios da vida em sociedade. Por quatro anos ele sobrevive na expectativa de sair da ilha. Seus métodos se mostram insuficientes e não podem salvá-lo. O máximo que ele consegue é construir uma jangada e se lançar em alto mar. Mas a jangada não o levaria a nenhum lugar em tempo de salvar sua vida. E a ineficiência de sua estratégia só aumenta a tensão do filme. Até que, certo dia, um navio de carga o encontra. O resgate—ainda que por coincidência—havia chegado. Ufa! Que alívio!
Histórias de resgates impressionam. Pessoas presas a dezenas de metros abaixo de escombros após uma explosão muitas vezes perdem sua esperança de serem encontradas e sobreviverem. Não há nada que elas possam fazer. Só lhes resta aguardar que alguém se preocupe com elas, se disponha a retirar os destroços e as resgate de lá. Mas, quando aquele foco de luz adentra a escuridão debaixo dos escombros, na medida que são removidos, novamente o alívio é o sentimento predominante. Que alegria! O resgate chegou! Há esperança de vida!
A história do Natal é semelhante.
O homem, desde que foi expulso do jardim (Gênesis 3), se via isolado da comunhão com seu Criador e coberto pelos escombros de seu pecado e impiedade. Impotente para salvar a si mesmo, cabia a ele somente confiar e esperar que o resgate divino um dia viria, como o Senhor havia prometido (Isaías 9:6–7). E veio!
O nascimento de Cristo é, portanto, o início da maior “operação resgate” da história. Posso até imaginar o alívio e a alegria dos pastores quando ouviram os anjos dizerem: “eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2:10–11). Quase consigo ver os magos, ao avistar a estrela que os guiava pairando sobre onde estava Jesus, celebrando e alegrando-se com “grande e intenso júbilo” (Mateus 2:10). Um divino foco de luz achava seu caminho em meio à escuridão que dominava o mundo. Que alegria! O resgate chegou! Há esperança de vida eterna!
É isso que celebramos no natal: “a boa-nova de grande alegria.” Deus se fez homem. O Criador do universo viveu em nosso meio—Emanuel, Deus conosco! Ele veio em nosso resgate e com a garantia do sucesso de sua operação (Atos 2:30–32). Cristo veio com a missão de se entregar e pagar o preço pelo nosso resgate. “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Marcos 10:45). Ele sabia que levaria sobre si as nossas iniquidades (Isaías 53:5). A alegria do início dessa operação de resgate—o Natal—também era baseada na certeza de seu sucesso. E hoje, em Cristo, podemos experimentar a alegria que provém do sucesso dessa operação—da comunhão restaurada com o Pai (Salmo 16:11) e do perdão dos nossos pecados (Efésios 1:7).
Que alegria! Cristo, o nosso resgate chegou!
Feliz Natal!
Lucas Sabatier é casado com Isabella e mora em Lafayette-IN, EUA, onde atualmente cursa o programa de mestrado em divindade no Faith Bible Seminary. Advogado formado pela PUC-SP em 2009. |
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