Por que ler “Como Cristo Transforma os Dez Mandamentos”? | Gedimar Junior
13/nov/2024O que agrada e alegra o coração de Deus, e o que o desagrada e o entristece?
Imagine se esta pergunta fosse feita para nós, acho que a maioria presumiria que se, em algum momento, deixassemos o coração de Deus triste, ou seria porque negamos o Evangelho ou porque cometemos um grave escândalo moral. Caso isso acontecesse no corpo da igreja local, suspeitariamos que ou foi porque o seu compromisso passou a ser com a cultura ou a igreja se apostatou completamente.
No que diz respeito ao que agrada o coração de Deus, acredito que a maioria de nós imaginaria que, se alguma vez conseguimos agradá-Lo, seria através de grandes gestos, como por exemplo, fazer doações extraordinárias de dinheiro ou dedicar as nossas vidas para uma difícil missão. Ou, talvez, pensando no contexto da igreja local, presenciar um grande avivamento ou ver a conversão de diversas pessoas a Cristo.
Com outras palavras, estamos inclinados a acreditar que Deus se entristece ou se alegra apenas com o que é extraordinário. Ou ele se entristece com grandes pecados ou se alegra por meio de grandes atos de serviço. Porém, a verdade é que servimos a um Deus que também dá valor ao que consideramos como coisas pequenas. Ou seja, Ele se alegra quando damos um copo de água para um homem com sede, ofertamos roupas novas para uma criança pobre ou quando fazemos uma visita carinhosa a alguém solitário. Deus não se agrada apenas quando fazemos o que chamamos de grandes feitos em Seu nome, e também não se entristece apenas quando cometemos o que consideramos ser grandes pecados. Na realidade, Ele se agrada quando realizamos o que Ele considera como ações fiéis e se entristece quando falhamos em cumpri-las.
Isso significa que Deus pode se entristecer com situações que, para nós, parecem simples ou cotidianas. Em Efésios 4:30, somos alertados: “não entristeçais o Espírito Santo de Deus”. Quando olhamos para o contexto deste versículo, percebemos que Deus pode se entristecer com nossas palavras, especialmente àquelas que trocamos com outros cristãos. Ele pode se entristecer com coisas do dia a dia como: as conversas que temos em casa ou com os textos que escrevemos nas redes sociais. Juntos, podemos entristecer o Espírito no tempo de comunhão após o culto de domingo ou até nos encontros de pequenos grupos na semana. Precisamos estar atentos nesses momentos tão comuns, pois a cada palavra que dizemos uns aos outros, podemos entristecer o Espírito Santo.
Se podemos entristecer o Espírito com nossas palavras, certamente também podemos alegrá-Lo. Deus se alegra com palavras bem escolhidas que incentivam, edificam, e transmitem graça. O Espírito se regozija quando permitimos que as palavras que trazem vida saiam de nossas bocas para serem uma bênção na vida daqueles que ouvem.
Portanto, da mesma forma que as nossas palavras podem causar um mal, elas também podem fazer um bem. Com elas podemos gerar grande tristeza, mas também muita alegria. Por isso, que cada um de nós façamos um esforço constante, isto é, de forma regular e com oração a fim de que possamos vivenciar esse aviso: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem” (Efésios 4.29).
Texto original: What Grieves the Heart of God? Traduzido e publicado no site Cruciforme com permissão.
Tim Challies é pastor da igreja Grace Fellowship, em Toronto, no Canadá, editor do site de resenhas Discerning Reader e cofundador da Cruciform Press. Casado com Aileen e pai de três filhos, ele também é blogueiro, web designer e autor de várias obras. |
Dica de leitura: |
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