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Por que os cristãos não devem fugir da ciência[1]

A ciência e os cristãos conservadores nunca se deram muito bem. Isso acontece principalmente porque alguns cristãos acham que a ciência e o livro de Gênesis são coisas opostas. Gênesis parece dizer que o universo foi criado há apenas seis ou sete mil anos atrás, ao passo que a ciência chega à casa dos milhões ou bilhões de anos. Dessa forma, cristãos conservadores pensam que precisam escolher entre a ciência e a Bíblia. Eles estimulam os mais jovens a pensar dessa maneira e perdem o chão quando os melhores e mais inteligentes chegam à faculdade e abraçam a ciência, às vezes acreditando (erroneamente, é claro) que a Bíblia, principalmente os primeiros capítulos de Gênesis, deve ser rejeitada.

Este ultimato – ciência ou fé – é trágico, porque é desnecessário, errado e prejudicial. Se compreendida corretamente, a Bíblia mostra que não teme a ciência. Se compreendida corretamente, a ciência oferece um grande apoio aos ensinamentos bíblicos de que Deus criou o mundo há muito tempo atrás, e que Ele o fez passo-a-passo ao longo de um processo que culminou com a humanidade em um planeta em condições ideais para conter vida inteligente.

Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, começa com um texto bem conhecido: “No princípio Deus criou os céus e a terra.” (Gn 1:1 – NVI). Houve uma época em que a ciência moderna rejeitava a ideia de um princípio, apoiando a ideia – chamada de Teoria do Estado Estacionário – de que o universo é eterno. Nos anos 50 e 60, entretanto, os cientistas reconheceram que o universo teve, sim, um início (popularmente chamado de “Big Bang”) e que a matéria física não é eterna. Esta descoberta criou um problema para os ateus, pois os cientistas sabem que algo não pode surgir do nada. Não surpreende que um número crescente de cientistas agora creiam que algum Ser poderoso e inteligente tenha criado ou dado início ao universo.

As implicações do Big Bang são tão problemáticas para alguns ateus mais comprometidos que eles tentam recuperar a crença na Teoria do Estado Estacionário redefinindo o que é “nada” (por exemplo, como sendo “algo”, no fim das contas) ou defendendo a hipótese de um número infinito de universos que antecederam o nosso (o que é chamado de Hipótese do Multiverso). A primeira opção é absurda. A segunda é pura ficção científica. Ambas as opções são tentativas de recuperar alguma coisa da Teoria do Estado Estacionário.

Pesquisas científicas ainda em andamento – graças, em sua maioria, ao telescópio Hubble – vêm mostrando como nosso sistema solar é incrível e como o planeta Terra é único. Nosso planeta não apenas é perfeitamente apropriado para abrigar formas de vida complexas, como também é perfeitamente projetado e localizado para permitir que a vida inteligente estude o universo. As chances de tudo isso ter acontecido por acaso são extremamente pequenas, talvez até inexistentes.[2]

A história da criação do livro de Gênesis não é “científica” em nenhum sentido moderno. Esta nunca foi sua intenção. Seu principal objetivo é revelar que o universo foi trazido à existência por um Deus Criador, que projetou o planeta Terra de uma maneira que não apenas abriga a vida humana, mas também maximiza nossas oportunidades de crescimento cultural, intelectual e espiritual. Nosso mundo possui beleza, abundância, diversidade e maravilhas notáveis. Nosso mundo nos oferece muito mais do que precisamos para sobreviver. Ele nos presenteia com paisagens, sons, sabores e aromas que vão muito além do que necessitamos. Nosso mundo nos ensina, nos inspira, nos enche de admiração e aponta para o poder criativo de um Deus amoroso. Não é de admirar que o salmista, há muito tempo atrás, tenha afirmado que “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite.” (Sl 19:1-2 – NVI). De fato, a criação proclama a grandeza e a bondade de Deus.

A mensagem da história da criação de Gênesis se torna mais clara quando a comparamos com as histórias de criação do antigo Oriente Próximo. Temos histórias do Egito, Suméria, Assíria, Babilônia e outros reinos e cidades-Estado antigos. Em todas elas, normalmente após uma série de batalhas, surge uma hierarquia de deuses. Por exemplo, uma história egípcia de criação diz o seguinte:

O Senhor-de-tudo disse, depois de passar a ser: “Eu sou o que passou a ser como Khepri (o deus do sol matinal). Quando eu passei a ser, o ser (por si só) o passou a ser, e todos os seres passaram a ser depois que eu passei a ser. Muitas foram as coisas que saíram da minha boca, antes de os céus passarem a ser, antes de o mundo passar a ser, antes de a terra e as coisas que nela rastejam tivessem sido criadas.”[3]

A história continua e fala sobre a destruição de um grande dragão.

Na antiga história babilônica chamada de Enuma Elish (“Quando no alto”), provavelmente a história antiga de criação mais conhecida além do Gênesis, podemos ver:

Quando no alto não se nomeava o céu e embaixo a terra não tinha nome, do oceano primordial Apsu (deus da água doce), seu pai; e da tumultuosa Tiamat (deusa-“mãe” da água salgada), a mãe de todos, suas águas se fundiam numa e nenhum campo estava formado, nem pântanos eram vistos; quando nenhum dos deuses tinha sido chamado à existência.[4]

A história continua descrevendo a batalha entre os deuses pais (Apsu e Tiamat) e os deuses mais jovens, liderados pelo heróico Marduk, que mata Tiamat e seu comandante Kingu. A partir de Marduk, ele forma o céu e o mar, e a partir do sangue de Tiamat, ele cria o homem. Como recompensa, Marduk recebe o domínio do universo. Para os mais familiarizados com a mitologia grega, esta história de criação lembra uma outra história que fala sobre a derrota dos Titãs pelas mãos dos deuses Olímpicos mais jovens, liderados por Zeus. Em todas estas histórias, os deuses são parte da criação. Não há nenhum deus que está fora da criação.

Embora existam alguns paralelos entre a história de criação em Gênesis 1-2 e outras histórias de criação antigas do Oriente Próximo, as diferenças são notáveis e significativas. Primeiro e mais importante: o Gênesis fala de apenas um Deus por meio do qual toda a criação passou a existir. Em segundo lugar, a criação é distinta do próprio Deus. Os céus e a terra não são feitos a partir dos corpos de deuses mortos e nem são acidentalmente espólios de batalhas e destruição. Em terceiro lugar, de acordo com o Gênesis, Deus criou os céus e a terra de uma maneira organizada e sistemática. Deus, após terminar cada estágio da criação, viu “que era bom” (Gn 1:4, 10, 120, 18, 21, 25). Cada estágio foi projetado. A história de criação do Gênesis termina com as palavras: “E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom.” (1:31 – NVI). Em último lugar, os seres humanos são criados “à imagem e semelhança de Deus” (1:26). Os humanos não possuem um lugar especial nas histórias de criação do Oriente Próximo antigo, mas sim na história de criação no livro de Gênesis.

As diferenças entre a história da criação de Gênesis e as outras histórias do Oriente Próximo antigo não poderiam ser mais gritantes.[5] Em contraste com estas histórias, o Gênesis declara que toda a criação é boa, que tudo dentro dela possui um propósito e que o ápice da criação é a humanidade, a quem Deus abençoa, a quem dá a terra para ser cuidada e quem Ele ordena que se multiplique (1:26-30). A história de criação do Gênesis revela um Deus amoroso que preparou um lar saudável, belo e duradouro para os seres criados, por Ele próprio, à sua imagem e semelhança.

Este ensinamento é um dos mais importantes da Bíblia, pois mostra que nós, humanos, somos muito importantes. Nós somos muito, mas muito mais do que meros bípedes inteligentes. Nossa própria existência é parte do projeto e do plano de Deus. Somos tão importantes para Deus que Ele se deu ao trabalho de nos prover de tal forma que pudéssemos não somente sobreviver, mas também prosperar. Tudo isso indica que nossas vidas possuem sentido e propósito.

Graças à ciência moderna, agora conseguimos perceber como nosso planeta nos protege e nos alimenta. Ele é aquecido por um sol que possui o tamanho ideal e que emite energia fotônica em maior quantidade do que a média, mas que, ao mesmo tempo, emite radiação perigosa em menor quantidade do que a média.[6] Isso significa que nosso sol possui o que é necessário para sustentar a vida, mas não para destruí-la. Nosso planeta, assim como os outros planetas do Sistema Solar, possui uma órbita estável (órbitas instáveis, como as órbitas irregulares de planetas de outros sistemas, colocariam o planeta Terra em grande perigo). Nosso planeta é protegido por vários gigantes gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno), que formam um escudo, nos protegendo de impactos catastróficos de asteroides. Nosso planeta possui uma rotação e inclinação axial ideais e uma lua que fica a uma distância perfeita da Terra. Nossa Lua viaja a uma velocidade ideal, energiza nossas marés e estabiliza a rotação da Terra. É este ajuste fino de nosso mundo que pesa tão fortemente contra as teorias ateístas que possuem o acaso como base. Richard Dawkins, biólogo ateu bastante conhecido, percebe este problema, e sugere que, se o acaso não consegue explicar a origem da vida na Terra, então talvez devamos cogitar a ideia de que alienígenas semearam a vida na Terra. Obviamente, isto não resolve o problema, mas apenas tenta explicar um mistério usando outro mistério – e, neste caso, um mistério bastante improvável.[7] Em resumo, para tentar se livrar de um problema científico, Dawkins apela para a ficção científica.

E ainda há muito mais deste ajuste fino a ser considerado. O planeta Terra possui um centro líquido e derretido, o que permite a deriva continental, além do movimento das placas tectônicas. Sem essa característica não teríamos montanhas em nosso planeta. Na verdade, a maior parte da terra do nosso planeta estaria submersa se não fosse pelos movimentos das massas de terra. O núcleo do nosso planeta é altamente metálico, o que cria nossos polos magnéticos que, por sua vez, estabilizam nossa atmosfera e, junto com ela, nos protegem da radiação fatal que vem do espaço sideral e do nosso próprio sol. Além disso, nosso planeta possui quantidades gigantescas de água, sem a qual não seria possível haver formas de vida complexas.

Outra parte incrível da história é a forma como nosso planeta passou a ter água. Nossa água veio do Cinturão de Asteroides, que orbita o sol, entre os planetas Marte e Júpiter. Seja qual tenha sido a causa da perturbação, ela fez com que grandes pedaços de gelo saíssem de órbita e caíssem na Terra. Os astrônomos estimam que apenas 1% desses icebergs gigantes ainda permanecem no Cinturão. O que não é fácil de explicar é por que tão poucos desses icebergs caíram em Marte (que é o motivo de haver tão pouca água e gelo lá). Afinal, Marte se situa bem mais próximo ao Cinturão do que a Terra. Seria bastante lógico pensarmos que muitos destes pedaços de gelo, se não a maioria, tivessem caído em Marte. Ao invés disso, eles caíram na Terra, e é por conta disso que possuímos extensos oceanos e corpos d’água em nosso planeta. Mas possuímos a quantidade certa de água – nem de mais e nem de menos. Usar o acaso para explicar tudo isto não é nada convincente.

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Estas são apenas algumas das características mais importantes de nosso planeta. Existem muitas outras. Todas estas incríveis características ressaltam as palavras ditas há muito tempo: “E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom.” (Gn 1:31 – NVI).

O ser humano é o ápice da criação de Deus. Não existe nada como nós. Podemos até ser feitos do mesmo material de que vários animais são feitos, mas somos bastante diferentes em todos os aspectos mais importantes. Algumas vezes, os cientistas afirmaram que os macacos e chimpanzés são muito próximos aos humanos, com uma semelhança de DNA de aproximadamente 96%.[8] Isto é fato, porém os 4% restantes fazem toda a diferença. O cérebro dos macacos e chimpanzés não possui a capacidade de formar linguagens e pensamentos abstratos.[9] Nenhum macaco pensa sobre o sentido da vida. Nenhum chimpanzé se pergunta de onde veio ou o que o futuro lhe reserva. Em resumo, macacos e chimpanzés não fazem as perguntas mais importantes. Eles nem sabem que tais perguntas existem.

Os humanos também são diferentes dos animais com relação à apreciação da beleza. Somente os humanos conseguem perceber beleza visual e auditiva, e de várias formas tentam imitar, interpretar e expandir seus conhecimentos a respeito isso. Nenhum macaco compôs uma sinfonia ou se aventurou a pintar um retrato. Nenhum macaco já se deparou com questões morais ou ponderou o que é certo ou errado. Mas o seres humanos fazem tudo isso. Nós conseguimos perceber as maravilhas do mundo. Somos seres morais e espirituais. Nós nos alegramos com o que é bom, e somos prejudicados pelo mal. Nós nos perguntamos onde está Deus na natureza. Nenhum animal pondera sobre quaisquer dessas coisas.

O salmista estava tão impressionado com as maravilhas da vida humana que declarou a Deus:

Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. […] Meus ossos não estavam escondidos de ti quando em secreto fui formado […] Os teus olhos viram o meu embrião; todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir. (Sl 139:14-16 – NVI).

A linguagem usada nesse trecho parece bem excêntrica para nós, modernos. Mas, mesmo não sendo científica, ela contém uma grande verdade. O ser humano foi, de fato, “feito de modo admirável”. Não há nada no mundo físico que seja parecido com o cérebro humano. Pesquisas recentes em neurociência têm gerado descobertas de tirar o fôlego. É espantoso como nosso cérebro pensa, toma decisões, cria e acessa sua memória. Pesquisas em andamento estão, além disso, sondando as dimensões espirituais e morais do seres humanos. Curiosamente, estudos têm mostrado que o ser humano é muito mais do que um cérebro meramente físico.[10] Tais estudos derrubam seriamente as teorias de ateus e materialistas, que rejeitam a existência de Deus e a realidade do espiritual e do imaterial.[11] Na verdade, as descobertas da ciência moderna convenceram Antony Flew, filósofo e ateu por vários anos, de que deve haver um Deus, afinal. Flew deve ser elogiado por isso. Depois de passar seis anos no ateísmo, ele mudou de ideia em 2004. Em um livro seu, lançado em 2007, ele explica o porquê.[12] Entretanto, vários ateus não querem que exista um deus, sem se importarem com o que as evidências sugiram.[13] Essa perspectiva é claramente expressa pelo filósofo ateu Thomas Nagel: “Eu quero que o ateísmo seja verdadeiro e me sinto desconfortável pelo fato de que algumas das mais inteligentes e bem-informadas pessoas que eu conheço são crentes religiosos. Não se trata apenas do fato de que eu não acredito em Deus e, naturalmente, espero que eu esteja correto em minha crença. É que eu espero que não haja Deus! Eu não quero que haja um Deus; eu não quero que o universo seja assim.”[14]

As funções complexas da linguagem, do pensamento e da memória dos seres humanos são assombrosas. Nem mesmo o computador mais poderoso se compara a elas porque os computadores são nada mais do que mecanismos de armazenamento e recuperação de dados, cujas funções são programadas por seres humanos. Computadores não conseguem pensar ou tomar decisões independentes, não importa o que você veja na televisão ou leia na ficção científica popular. De fato, a noção popular de “inteligência artificial” já foi amplamente desacreditada.[15] Um escritor científico classificou a inteligência artifical como mito. Ele está correto, porque nenhum computador possui consciência. Sem a consciência, dificilmente pode haver “inteligência” no sentido real da palavra. Computadores funcionam, não pensam. E a funcionalidade dos computadores não é melhor do que sua programação.[16]

Graças ao Projeto Genoma Humano, agora sabemos que o DNA humano contém mais de três bilhões de bits de informação, que quase todas as células humanas contêm essa informação, e que cada ser humano possui algo entre dez trilhões e cem trilhões de células. Estes fatos nos deixam perplexos. Faz sentido que o salmista hebreu, há muito tempo, tenha expressado sua admiração.

Durante a maior parte do seu trabalho, o Dr. Francis Collins liderou o Projeto Genoma Humano. Talvez a descoberta mais surpreendente tenha sido a de que o genoma humano é um código. E código é uma outra palavra para idioma. Ter todas as informações genéticas em mãos não é suficiente; ela precisa estar na sequência correta, da mesma maneira que as palavras precisam estar na sequência correta para formar frases que fazem sentido. As implicações desta descoberta são gigantescas, porque o puro acaso não fala idioma algum. O Dr. Collins concluiu, corretamente, que a sequência do genoma humano, chamada por ele de “o idioma de Deus”, fornece evidências claras de uma força inteligente e criativa.[17]

O que o livro de Gênesis fala sobre a criação, e especificamente sobre os seres humanos, possui suporte na ciência e, sem dúvida, possuirá ainda mais suporte nas pesquisas e descobertas futuras. Os cristãos não fogem da ciência e não devem fugir. Ela não é inimiga da fé; ela é sua amiga e aliada.

_________________

[1] Este texto foi adaptado de God Speaks: What He Says, What He Means (Word Publishing, 2015), com permissão do editor.

[2] Para uma leitura excelente sobre a formação do universo e a singularidade do nosso sistema solar e do nosso planeta, veja Guillermo Gonzalez e Jay W. Richards, The Privileged Planet: How Our Place in the Cosmos is Designed for Discovery (Washington, DC: Regnery, 2004). Veja também William A. Desmbski, The Design Inference: Eliminating Chance through Small Probabilities (Cambridge: Cambridge University Press, 1998); e Denyse O’Leary, By Design or By Chance? The Growing Controversy on the Origins of Life in the Universe (Minneapolis: Augsburg, 2004).

[3] James B. Pritchard, Ancient Near Eastern Texts Relating to the Old Testament (Princeton: Princeton University Press, 1969), 6.

[4] Pritchard, Ancient Near Eastern Texts, 60–61.

[5] História indianas e chinesas de criação são parecidas com as do Oriente Próximo antigo. Para uma pesquisa mais profunda, veja David A. Leeming e Margaret Adams (EE.), A Dictionary of Creation Myths (Oxford: Oxford University Press, 1994); David A. Leeming, Creation Myths of the World (2nd ed., Santa Barbara, CA: ABC-CLIO, 2010).

[6] Veja Gonzalez e Richards, The Privileged Planet, 66–67, 133–36.

[7] Dawkins fez este comentário excepcional no programa “Fresh Air”, da Rádio Pública Nacional americana (National Public Radio) em 28 de março de 2007.

[8]Asao Fujiyama, Hidemi Watanabe, Atsushi Toyoda, e Todd Taylor, “Construction and Analysis of a Human-Chimpanzee Comparative Clone Map,” Science 295 (2002): 131–34; Pascal Gagneux e Ajit Varki, “Genetic Differences between Humans and Great Apes,” Molecular Phylogenetics and Evolution 18 (2001): 2–13. Alguns cientistas consideram a porcentagem de semelhança entre humanos e símios como 98%.

[9] Para mais informações sobre essa importante questão, veja John Eccles e Daniel N. Robinson, The Wonder of Being Human: Our Brain and Our Mind (New York: Free Press, 1984), 104–13; Mario Beauregard e Denyse O’Leary, The Spiritual Brain: A Neuroscientist’s Case for the Existence of the Soul (New York and Toronto: Harper, 2007), 13–19.

[10] Além dos livros de Eccles e Robinson, The Wonder of Being Human, e Beauregard e O’Leary, The Spiritual Brain, veja a coleção altamente técnica de estudos de Edward F. Kelly, Emily Williams Kelly, et al., Irreducible Mind: Toward a Psychology for the 21st Century (Lanham e New York: Rowman & Little, 2007). Pesquisas em andamento desacreditaram o materialismo e o fisicalismo. Kelly e Kelly consideram o materialismo como superstição.

[11] Se você buscar estudar mais sobre ciência e fé, eu recomendo os seguintes livros, de Alister McGrath: Science and Religion: An Introduction (Oxford: Blackwell, 1998); A Scientific Theology (3 vols., Grand Rapids: Eerdmans, 2001–2003); e A Fine-Tuned Universe: The Quest for God in Science and Theology (Louisville: Westminster John Knox Press, 2009). Eu também recomendo os seguintes livros, de John C. Lennox: God’s Undertaker: Has Science Buried God? (Oxford: Lion, 2007); Gunning for God: Why the New Atheists are Missing the Target (Oxford: Lion, 2011). Veja também William A. Dembski, Intelligent Design: The Bridge between Science and Theology (Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1999).

[12] Veja Antony Flew, There is a God: How the World’s Most Notorious Atheist Changed His Mind (New York: HarperOne, 2007). Flew faleceu em 2010.

[13]Sobre este importante aspecto do debate, veja James S. Spiegel, The Making of an Atheist (Chicago: Moody Publishers, 2010).

[14] Veja Thomas Nagel, A Última Palavra (Editora Unesp, 2001), citado por Spiegel, The Making of an Atheist, 11.

[15] Veja John R. Searle, Mind: A Brief Introduction (Oxford: Oxford University Press, 2004) 74; Beauregard e O’Leary, O Cérebro Espiritual (Editora Best Seller, 2010).

[16] Veja Ari N. Schulman, “Why Minds Are Not Like Computers,” The New Atlantis: A Journal of Technology & Society (2009), disponível online.

[17] Francis S. Collins, A Linguagem de Deus: Um cientista apresenta evidências de que Ele existe (Editora Gente, 2007).

Texto original: Who’s Afraid of the Big Bang?

Traduzido por Filipe Espósito e revisado por Jonathan Silveira.

Craig A. Evans é professor de Origens Cristãs e deão da Escola de Pensamento Cristão na Houston Baptist University. Publicou extensivamente sobre Jesus e os Evangelhos e apareceu em vários documentários e noticiários televisivos.

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