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21/mar/2018Imaginação fiel
O princípio de Paulo de “ouvir com fé” a mensagem oral sobre Cristo (Rm 10.17; Gl 3.2) também deve se aplicar, por extensão, a como recebemos todas as palavras de Deus. Capacitados com o máximo de conhecimento possível sobre o mundo das Escrituras, precisamos entrar em seu mundo narrativo, suspendendo a incredulidade, a alienação cultural e outras formas de distanciamento e ter a expectativa de encontrar o Deus vivo ali.
Entrando em mundos narrativos
Visto que as Escrituras são textuais e o seu maior gênero é a narrativa, as analogias de como lemos outras narrativas são úteis. Mesmo sem entender ou resolver questões históricas debatidas sobre todos os detalhes de um texto, podemos entrar em seu mundo narrativo. Do mesmo modo, precisamos entrar no mundo narrativo das Escrituras para ouvir ali a palavra do mesmo Deus que habita esse mundo, acreditando que, no fim das contas e teologicamente, esse mundo continua sendo o nosso mundo, um mundo em que Deus está ativo. Culturas e gêneros diferem, mas Deus, Cristo e a natureza humana permanecem os mesmos.
Toda cosmovisão humana, incluindo qualquer narrativa sobre o mundo que herdamos em nossa cultura como algo dado, é moldada culturalmente e, assim, suscetível a revisão ou reinterpretação. Alguns descrevem essas estruturas como construtos imaginativos, isto é, interpretações incompletas da realidade que estruturam dados sem explicar todos eles. As Escrituras, alguns argumentam, fornecem “uma imaginação alternativa” que convida a uma nova construção da realidade.[1] Isso não é, no entanto, pura subjetividade, mas “um exercício em imaginação que é fundamentado pelo realismo contextual” de experienciar o autor divino que falou e fala no texto.[2] Embora as Escrituras apresentem amostras em vez de esgotar a revelação divina, sua história da redenção oferece um esboço de metanarrativa da verdadeira história da salvação.[3] Isso pode ser relacionado ao que J. R. R. Tolkien e C. S. Lewis chamaram de um “mito verdadeiro”.
Críticos literários enfatizam que aqueles que gostam de narrativas fantásticas suspendem a sua incredulidade para, de forma receptiva e com mente aberta, entrar no mundo narrativo do romance. Do mesmo modo, muitas vezes suspendemos os nossos juízos culturais quando entramos em mundos narrativos mais verossímeis nas biografias históricas, muitas vezes deixando de lado a dissonância criada por uma esfera cultural que nos é estranha. A maneira mais clara de ouvirmos os autores bíblicos se dá quando entramos em seu mundo narrativo com as pressuposições deles, suspendendo a incredulidade e o juízo e nos colocando debaixo da autoridade da mensagem do texto.
Suspendendo a incredulidade
Não devemos demonstrar menos fé imaginativa quando entramos na narrativa bíblica do que quando entramos em outras narrativas, embora haja, obviamente, diferenças importantes nos gêneros e, para os cristãos, nas expectativas espirituais. Se eu ler a ficção cientifica ou um mito maia ou um conto folclórico escandinavo, não tenho a expectativa de ouvir ali a voz de Deus (ao menos não regularmente e do mesmo modo). Também não tenho a expectativa de que essas histórias narrem a verdade divinamente revelada sobre o mundo real, exceto talvez em um sentido estendido por meio da evocação de elementos da realidade. Ao ler a história não bíblica, eu posso até contemplar e tentar entender as obras de Deus ali, mas normalmente minha expectativa não é que a interpretação dos eventos feitos pelos historiadores esteja imbuída de autoridade divina. Como cristão, abordo a Bíblia com uma expectativa diferente e intencional. Espero encontrar ali um guia para a vida (tanto pessoalmente como para o povo de Deus), ainda que precise pesar cuidadosamente como levar em consideração as diferentes evidências bíblicas.[4]
Suspender a incredulidade quando se lê a Bíblia é diferente de suspendê-la com algumas outras obras, pois o objeto de confiança e diferente. A maioria dos que creem em Cristo entende intuitivamente a diferença entre diferentes tipos de crença: crianças podem abandonar a crença no Papai Noel e, no entanto, entender a fé em Deus (ou vários paradigmas culturais) de um modo diferente. Exercer a imaginação é algo valioso quando se entra no mundo bíblico, mas a fé bíblica envolve mais do que simplesmente exercer a imaginação. Ela também envolve se abrir para uma cosmovisão e adotá-la.
No final das contas, devemos acolher a cosmovisão que as Escrituras comunicam a fim de enxergar o nosso próprio mundo em uma luz diferente (em oposição a fundamentalmente nos imergirmos em outras narrativas populares ao nosso redor, como aquelas de filmes, vídeo games e roteiros políticos de esquerda ou de direita da atualidade). Com isso, não quero dizer acolher sem questionamento as cosmovisões que alguns textos bíblicos simplesmente pressupõem como acessórios com base em suposições compartilhadas pelos seus leitores originais. Incluídas aí estão imagens como um universo de três andares ou chuva caindo de janelas no céu (cf., e.g., Gn 7.11; Ml 3.10; Ex 20.4).[5] Isto é, estou me referindo não à cosmologia ou a outras convenções culturais que os autores bíblicos usaram para se comunicar, mas à sua mensagem sobre Deus e sua missão (repetindo, identificar esses elementos pode ser complexo na prática; isso é a minha tarefa diária, concentrada em reconstruir os contextos antigos das passagens bíblicas).
Em vez disso, quero dizer que devemos aprender a imaginar um mundo vivo com a atividade e presença de Deus. (Alguns chamam isso de um mundo “reencantado”; parece teologicamente mais preciso simplesmente falar sobre ele como um mundo em que Deus está ativo.) Visto que alguém que recebe a cosmovisão bíblica com fé reconhece que Deus está ativo e presente, as narrativas são críveis no nível da atividade divina e do emprego que Deus faz dos agentes humanos no mundo narrativo. Um ateu pode inferir de padrões na biologia e na física que a natureza se explica sem a necessidade de atribuir a ação a um fantasma nessa máquina; um cristão aborda a mesma evidência científica com admiração, exaltando a magnificência do desígnio de Deus.[6]
Essa é precisamente a virtude de que os primeiros pentecostais e outros como eles acrescentaram a uma igreja demasiadamente dominada pela cosmovisão desencantada da modernidade.[7] Em vez de orar com esperança de que vamos ter sorte, podemos orar ao Deus vivo da Bíblia que não está limitado somente pelo que pode acontecer “por conta própria”. Nem mesmo na Bíblia Deus fazia milagres para a maioria das pessoas regularmente. Mas o Deus da Bíblia pode muito bem fazê-los, e até mesmo mais regularmente do que poderíamos imaginar — na Bíblia e hoje — para nos mostrar a sua obra providencial em nossa vida ao longo do tempo.
Pode-se observar, no entanto, que é difícil entrar na cosmovisão bíblica, suspendendo a incredulidade, quando a mente está consumida em vez disso pelas narrativas do mundo. Uma cosmovisão bíblica permite a pessoa que avalie outras narrativas, mas uma mente saturada com entretenimento e ideologias populares continuará achando as Escrituras um livro desanimadoramente estranho (cf. 1Co 2.11-15). Precisamos imergir a nossa mente no mundo das Escrituras a fim de que elas moldem e renovem o nosso pensamento rumo à perspectiva de Deus. Não seria isso também parte do que significa abandonar tudo e seguir a Cristo?
Expectativas
As expectativas moldam como abordamos qualquer texto. Com respeito ao gênero, lemos ficção científica, poesia e um relato jornalístico com expectativas diferentes.[8] Em relação a autores, lemos uma carta de alguém em quem confiamos diferentemente de uma carta de alguém que está sempre dando desculpas e enfraquecendo a nossa confiança. Às vezes, descobrimos que a nossa confiança ou desconfiança tem estado deslocada, e a nossa estratégia de leitura muda imediatamente. Em relação à informação, compreender um resumo do que vem a seguir nos ajuda a captar os pontos principais que aquele que faz o resumo quer que captemos. Conhecer o contexto ao qual um texto foi dirigido também molda a nossa maneira de lê-lo.
As expectativas nos ajudam a moldar a nossa leitura das Escrituras. Se a nossa expectativa é apenas gastar tempo lendo um texto para cumprir uma tarefa, podemos salvar informações para referências futuras (o que não e uma coisa ruim em si). Mas, se lermos as Escrituras esperando genuinamente encontrar Deus ali de forma regular em alguma percepção que encontramos ao longo do caminho, é muito mais provável que ouçamos a voz dele.
As expectativas equivocadas também podem distorcer a nossa maneira de ouvir as Escrituras. Se esperamos ouvir a voz de um pai abusivo, isso condicionará de forma errada a maneira de entendermos o caráter de Deus. O mesmo também acontecerá se começarmos com pressuposições teológicas não saudáveis extrapoladas de alguns textos lidos de forma equivocada.[9] No início da minha experiência cristã, eu temia as tentações do Diabo e, ao prevê-las, inconscientemente as simulava para testar a mim mesmo.[10] Qualquer ideia ruim que entrava em minha imaginação criativa se tornava uma tentação que eu precisava combater, e a minha imaginação pessimista nem sempre imaginava um resultado favorável. Uma vez que essa abordagem se tornou um hábito, sobrou muito pouco para que forças externas reais atuassem diretamente. Como isso moldava a minha maneira de ler as Escrituras? Eu me sentia culpado simplesmente ao ler sobre personagens imorais, pois, uma vez que qualquer pecado havia passado pela minha mente, eu me considerava extraordinariamente tentado. Intelectualmente eu sabia que era diferente, mas precisei também confrontar essa culpa habitual e inapropriada.
Do mesmo modo, como recém-convertido, eu lia sobre o contraste binário de Paulo entre pessoas do Espírito e pessoas da carne de tal modo que qualquer pensamento inapropriado me fazia pensar que havia me aventurado no âmbito “da carne” e, assim, perdido a salvação.[11] Minha imersão pré-cristã em Platão até mesmo me levou a ler parte de Paulo de um modo protognóstico até finalmente chegar a um conhecimento melhor. Esses são exemplos reais de fé inapropriada, em que se acredita em um objeto falso em razão de uma leitura com expectativas falsas.
Em contraste, a mensagem cristã central sobre a morte e a ressurreição de Jesus é a narrativa bíblica suprema, de modo que a leitura à luz da cruz e do triunfo de Jesus nos ajuda a colocar outras questões em perspectiva (cf. Rm 5.6-10; 8.32; 1Co 15.3,4). Deus é digno de confiança, de modo que a expectativa de ouvir a voz do Deus fiel das Escrituras nos condicionará a uma leitura fiel. Não se deve abordar essa expectativa de modo legalista, frustrando-se se não houver uma experiência particular toda vez ou durante o tempo inteiro em que se estiver lendo. Não somos chamados para simular um tipo de intuição espiritual em todo momento; Deus é plenamente capaz de tornar a sua voz clara a nós quando precisamos.[12] Mas deve haver a expectativa de que o Deus que fala pelo seu Espírito nos encontrará em nosso estudo das Escrituras.[13]
Como os autores bíblicos que interpretavam Escrituras anteriores, precisamos interpretar a nossa vida e experiência à luz das Escrituras; assim, precisamos aplicar as Escrituras com habilidade, bem como fazer a exegese delas. Mas podemos aplicá-las do modo mais fiel possível — de um modo coerente com os próprios textos do modo com que Deus os deu a nós — quando nossas analogias se baseiam nos textos em seus contextos. Quando reconhecemos como Deus atuou no passado, podemos viver com o mesmo tipo de expectativas hoje. Isto é, a nossa experiência também é inscrita na estrutura da história bíblica.[14] Esperar que Deus atue hoje como atuou na Bíblia pode estar fortemente relacionado ao que a Bíblia chama de “fé”.
Obviamente, Deus nem sempre atuou do mesmo modo em todos os eventos na Bíblia; há muitos padrões, mas um padrão é que Deus muitas vezes realiza os seus propósitos de modos diferentes para que olhemos para ele em vez de olhar para uma fórmula previsível. Embora possamos esperar que Deus seja plenamente coerente em sua natureza divina, nós o experimentamos no nível humano como um Deus fantástico repleto de surpresas. Mas com surpresas ou sem, a vida e a mente imersas nas Escrituras lerão o mundo de um modo diferente do que uma mente mais moldada pelos valores da cultura ao redor. Embora não consigamos prever como Deus agirá, esperamos que Deus aja, dependemos de que Deus aja e vivemos sempre na confiança de que Deus está atuando.
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[1] Ellington, “Authority”, p. 167, citando aqui Brueggemann, Texts under negotiation, p. 12-3.
[2] Waddell, “Hearing”, p. 184.
[3] Reforçando a importância da história (como um conceito bíblico, e não, como alguns detratores se queixam, como um conceito puramente moderno), a estrutura narrativa da história da salvação bíblica fornece um contexto parcial para outros gêneros (profecias poéticas, orações poéticas, cartas e assim por diante) que nos ensinam lições por meio de estudos de caso. Aprendemos mais sobre o coração de Deus, em parte, por meio da observação de como Deus se relacionou com pessoas em seus vários contextos. Muitos estudiosos têm tratado da relação da história com o presente. Por exemplo, Dilthey valoriza entrar no passado por meio da imaginação histórica, mas exige que se comece a ouvir o passado a partir de si mesmo (Rickman, “Introduction”, p. 44-7), embora em épocas diferentes ouçamos aspectos diferentes dela (p. 48). A história, assim, lança luz sobre a realidade presente (p. 60) e é lida à luz do presente (Dilthey, Pattern, p. 161).
[4] Assim como outros autores, os autores bíblicos podem às vezes escrever de modo a tentar facilitar a identificação do leitor (veja, e.g., Beck, “Anonymity”; ibidem, Paradigm). Alguns estudiosos também têm começado a explorar a vida interior de personagens bíblicos (veja Leung Lai, ‘I’-Window), o que facilita ainda mais a empatia e a identificação com o leitor.
[5] Veja Walton, Thought, p. 165-78, 189; Walton; Sandy, World.
[6] Essa abordagem à natureza deve caracterizar os cristãos independentemente de sua visão das origens. Um evolucionista teísta, por exemplo, pode afirmar que Deus usou a evolução como um mecanismo para produzir resultados como existem hoje e, assim, louvar a Deus por criá-lo e, se necessário, guiá-lo para produzir esses resultados. Os céticos podem se queixar de que, em sua opinião, um Deus não deve usar um processo tão ineficiente; mas narrativas bíblicas estão repletas da atuação de Deus em todos os diferentes modos, incluindo escolhas humanas, e, mesmo assim, alcançando os resultados necessários. A sobrevivência da igreja ao longo dos séculos (tanto a ameaças externas e, talvez mais notadamente, aos fracassos humanos de seus membros) também se apresenta como uma causa para admiração. Em vez de uma pura eficiência estéril e robótica, Deus planejou um mundo de beleza gloriosa e caos limitado e alcança os seus propósitos sábios de formas que conseguimos descobrir somente em retrospecto e somente entre aqueles que reconhecem a sua sabedoria (cf. Rm 11.33-36). Isso também e verdadeiro a respeito do modo com que ele realizou a salvação (1Co 1.18-25).
[7] Anderson, Ends of the earth, p. 138: “Os rituais pentecostais exibem uma cosmovisão que pressupõe que a adoração e o encontro com Deus, que inclui a fé em um Deus todo-poderoso que está ali para satisfazer as necessidades humanas”. Além disso, “a experiência da presença do Espírito é considerada uma parte normal da vida cotidiana e tem relação com todas as situações” (p. 139).
[8] A nossa experiência de leitura também pode reajustar a nossa compreensão do gênero de um texto (Westphal, Community, p. 29).
[9] Sobre uma abordagem de interagir com a Bíblia em forma de diálogo como com um amigo, em vez de se esconder dela, veja Fraser; Kilgore, Friends.
[10] Nas Escrituras, o Diabo tenta diretamente nos casos principais (e.g., Mc 1.13; Lc 4.2; 22.3,31; Jo 13.27; At 5.3); ele também está envolvido na vida das outras pessoas, embora (visto que Satanás não é onipresente) os leitores possam às vezes debater quão diretamente a ação é pretendida (e.g., Mc 4.15; Ef 2.2; Tg 4.7; 1Pe 5.8). Mas as Escrituras também são claras em outro nível quanto ao fato de que as pessoas são desencaminhadas pelos seus próprios desejos (Tg 1.14).
[11] Essa era a minha própria leitura equivocada; minha igreja era arminiana, mas não tão arminiana. Agora entendo que isso era a minha leitura equivocada; veja Keener, “Spirit perspectives”; ibidem, Mind, p. 122-7.
[12] Torrey, “Supernatural guidance”, p. 20-1 (extraído de Torrey, Person and work), advertiu contra a “servidão” por causa de conduções não claras, observando que “qualquer condução que não seja perfeitamente clara não é dele […]. Se é a sua vontade, o Pai celestial tornará isso claro como o dia”. Em outro lugar, sugeri que podemos confiar na providência de Deus, seu ordenamento de nossos passos (Pv 16.9; 20.24) e normalmente na sabedoria, bem como (e muitas vezes em relação a) formas mais intuitivas de orientação (cf. Keener, Mind; o exemplo em Torrey, “Guidance”, p. 18-9). Obviamente, até mesmo o realismo de senso comum que informava o fundamentalismo permitia alguma intuição pré-racional (cf. Oliverio, Hermeneutics, p. 109), embora isso possa ter sido entendido como conhecimento inato.
[13] Como observado antes, pessoas no Evangelho de João muitas vezes respondiam a sinais com fé inicial, mas somente quando essa fé perseverava ela se tornava uma fé madura; mesmo quando ler a Bíblia não nos parece uma aventura empolgante, perseveramos por saber que Deus nos transforma e transformará por meio disso.
[14] Cf. Grey, Crowd, p. 155-9, sobre a participação no povo de Deus e, assim, na história da salvação histórica de Deus (cf. tb. p. 171-2). A história das Escrituras oferece uma metanarrativa “em que o leitor pentecostal consegue localizar a si mesmo” (p. 160).
Trecho extraído e adaptado da obra “A Hermenêutica do Espírito: Lendo as Escrituras à Luz do Pentecostes“, de Craig S. Keener, publicada por Vida Nova: São Paulo, 2018, pp.328-335. Traduzido por Daniel Hubert Kroker. Publicado no site Tuporém com permissão.
Craig S. Keener é professor de Novo Testamento no Seminário Teológico Asbury. Mestre pelo Seminário Teológico das Assembleias de Deus, em Springfield, Missouri, obteve seu doutorado em Novo Testamento na Universidade Duke. É também vice-presidente da Evangelical Theological Society e autor de 24 livros, entre os quais 'Comentário histórico-cultural da Bíblia: Novo Testamento', 'O Espírito na igreja: o que a Bíblia ensina sobre os dons', 'A mente do Espírito: a visão de Paulo sobre a mente transformada' e 'O Espírito nos Evangelhos e em Atos: pureza e poder divino', publicados por Vida Nova. |
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Como ouvimos a voz do Espírito nas Escrituras? Depois de fazer uma exegese responsável, de que forma podemos esperar que o Espírito aplique o texto à nossa vida e às nossas igrejas? Em A hermenêutica do Espírito, o estudioso da Bíblia, Craig Keener, discorre sobre essas questões, articulando meticulosamente como a experiência do Espírito que capacitou a igreja no Dia de Pentecostes pode e deve moldar de modo dinâmico nossa leitura das Escrituras nos dias de hoje. Keener examina o que significa a interpretação orientada pelo Espírito, explora as implicações de uma epistemologia da Palavra e do Espírito para a hermenêutica bíblica e mostra como as Escrituras em si modelam uma apropriação experiencial de sua mensagem. Ao aproximar Palavra e Espírito, muitas vezes separados pelas abordagens cristã, acadêmica e experiencial, A hermenêutica do Espírito descreve uma maneira de ler a Bíblia que é fiel tanto ao texto bíblico inspirado pelo Espírito quanto à experiência do Espírito entre os crentes. Publicado por Vida Nova. |
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3 Comments
okay, obrigado pelo comentário.
Graças a Deus que podemos confiar a bíblia a Palavra de Deus.
Artigo maravilhoso! Nos inspira a ler as Escrituras confiando em Deus e entendendo que Ele é o mesmo de sempre e será eternamente. Destaque para os trechos sobre a imaginação, os gêneros literários e comparações de cosmovisões distintas.