7 lições para sobreviver à tempestade | Erwin Lutzer
08/nov/2013Entrevista com Erwin Lutzer
15/jan/2014Amanhã, a segunda parte da série épica de filmes baseada em O Hobbit estreará nos cinemas. Aqui estão nove coisas que você deve saber a respeito do livro e de seu autor, J. R. R. Tolkien.
1. Tolkien começou a criar a sua Terra-Média muito antes de elaborar a história que aconteceria em tal cenário. Tolkien, que possuía conhecimento acadêmico em idiomas e religiões germânico e nórdico, começou a criar uma mitologia e os idiomas élficos em 1917 – ou seja, mais de uma década antes de ele mesmo pensar nas personagens que apareceriam em suas histórias.
2. Tolkien afirma que a ideia para O Hobbit surgiu inesperadamente enquanto corrigia os exames de seus alunos. Ele tomou um pedaço de papel em branco e escreveu: “Num buraco no chão vivia um hobbit”. Quando começou a escrever a história, Tolkien acreditava que havia inventado a palavra “hobbit”. (Foi descoberto anos após a sua morte que a palavra já era usada anteriormente, embora com um significado diferente). O conceito de hobbits de Tolkien foi inspirado no livro infantil de 1972, chamado The Marvellous Land of Snergs, de Edward Wyke Smith, e no romance de 1922, de Sinclair Lewis, chamado Babbitt (assim como os hobbits, George Babbitt tem prazer no conforto de seu lar).
3. Lançado em 21 de setembro de 1937, com o número de 1.500 cópias impressas, o livro já estava esgotado por volta de dezembro. Desde que a Nielsen começou o rastreamento de livros com seu serviço de escaneamento com código de barras em 1995, O Hobbit não caiu uma vez sequer de sua lista do top 5.000 livros. Em razão de o livro ter feito tanto sucesso, os editores solicitaram uma sequência em dezembro de 1937. Tolkien apresentou-lhes esboços de O Silmarillion, mas eles foram rejeitados sob o motivo de que o público desejava “mais histórias com os hobbits”. A resposta de Tolkien foi a série de três livros, O Senhor dos Anéis.
4. Em 1960, Tolkien começou a reescrever a história para que ela se encaixasse melhor ao tom do Senhor dos Anéis, que foi escrito para um público adulto que cresceu após ler a versão original de O Hobbit. Entretanto, os editores disseram-lhe para que desistisse das revisões, uma vez que a nova versão havia perdido o ritmo dinâmico da história e o tom alegre que todos amavam na versão original.
5. Não há sequer uma personagem feminina em O Hobbit, e a única mulher cujo nome é mencionado é a mãe de Bilbo, Belladonna Took.
6. Embora “anões” tenham aparecido na cultura popular antes (por exemplo, em Branca de Neve e os Sete Anões), Tolkien foi quem inventou a palavra “dwarves” (plural de anão, no inglês). Tolkien acreditava que a palavra “dwarves” combinava melhor com a palavra “elves” (plural de elfo, no inglês). Ele disse a um amigo mais tarde que “Eu uso com frequência o plural ‘dwarves’ ‘incorretamente’. Eu receio que seja apenas um uso particular ruim da gramática, bastante chocante a um filólogo; mas terei que prosseguir assim”.
7. “Possessão” é um tema unificador na Terra-Média de Tolkien. Melkor quis ter o poder de Deus sobre a criação, Gollum foi corrompido por seu amor possessivo ao seu “Precioso”, e Smaug foi um dragão obcecado por bens materiais. Em O Hobbit, Thorin explica seu desdém por criaturas possessivas: “Dragões… guardam o que roubaram durante toda a sua vida… e nunca usufruem sequer um anel de latão. Na verdade, eles mal sabem distinguir um trabalho bem feito de um trabalho ruim, embora tenham uma boa noção do valor de mercado corrente e não o conseguem fazer nada por si mesmos….”
8. Na obra póstuma de Tolkien, The Quest of Erebor, Gandalf explica o motivo pelo qual escolheu Bilbo para se juntar à expedição de Thorin às Montanhas Solitárias: Smaug, o dragão, não seria capaz de identificar o cheiro de um dos habitantes do Condado. Todavia, Smaug era um grande especialista em anões. Após comer seis de seus animais de carga, o dragão instantaneamente reconhece o sabor de um pônei montado por um anão.
9. Tolkien negava que suas histórias eram escritas para crianças:
“Isto tudo é sentimentalismo. Não, é claro que não escrevi… O Hobbit foi escrito naquilo que agora considero como sendo um estilo ruim, como se alguém estivesse conversando com crianças. Não há nada que minhas crianças odeiem mais do que isso. Elas me ensinaram uma lição. Qualquer coisa que, de qualquer modo, marcasse O Hobbit como sendo para crianças em vez de como sendo ao público em geral, elas instintivamente criavam aversão. Eu também criava, agora que penso sobre isso. Toda essa coisa de se dizer ‘Eu não direi mais nada, apenas pense a respeito disso.’, oh, não, elas odiavam. É terrível. Crianças não são um tipo de classe. São meros seres humanos em diferentes estágios de maturidade. Todas elas possuem inteligência – que, por mais baixo que seja, é algo maravilhoso – e o mundo inteiro à frente delas que permanece como algo a ser visto se elas se erguerem acima dele”.
Traduzido por Jonathan Silveira.
Texto original aqui.
Joe Carter é um dos editores do ministério The Gospel Coalition e co-autor do livro "How to Argue Like Jesus: Learning Persuasion from History’s Greatest Communicator". |
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