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19/maio/2015O grande hit de Lady Gaga, “Born this way” (Nasci assim) expressou o que muitos acreditam: a homossexualidade já vem nos genes. E, sendo genético, é imutável. E, sendo inerente, não é voluntário. E se não é uma escolha, é moralmente benigno. Portanto (parafraseando o apóstolo Paulo), agora não há nenhuma condenação aos homossexuais.
Esse raciocínio flui sem dificuldades do ponto de vista de Gaga. Mas ela estava certa?
A origem da teoria “Nasci Assim”
A convicção da “homossexualidade inerente” foi lançada, em partes, por um estudo realizado por um instruído neurobiólogo de Harvard, Simon LeVay, e publicado na revista Science em 1991. LeVay observou que o hipotálamo dos homossexuais era menor do que nos heterossexuais[1], levando alguns a crer que a homossexualidade teria uma base biológica.
Dois anos mais tarde, o geneticista de Harvard, Dean Hamer, publicou sua pesquisa na Science, argumentando que havia um “nível de estatística de confiança, maior que 99 por cento, de que ao menos um subtipo de orientação sexual masculina é geneticamente influenciado”.[2]
Os estudos de LeVay e Harmer receberam aval mundial. As implicações eram óbvias. Já que a homossexualidade tem uma causa biogenética, ela é imutável e moralmente aceita. Caso encerrado.
O que nunca foi manchete foi a tempestade de críticas científicas que vieram depois, o que levou LeVay a esclarecer sua pesquisa. Ele escreveu na revista Discover, “é importante ressaltar o que eu não encontrei. Eu não provei que a homossexualidade é genética, ou encontrei uma causa genética para ser gay. Eu não mostrei que homens homossexuais ‘nasceram assim’, o erro mais comum que as pessoas cometem ao interpretar meu trabalho”.[3]
As conclusões de Hamer também foram mal recebidas pela crítica. As tentativas de corroborar suas alegações falharam[4], então ele deu um passo atrás. “O melhor estudo recente”, admitiu Hamer, “sugere que a identificação sexual feminina é mais uma questão de meio ambiente do que de hereditariedade”.[5] Ele disse à Scientific American que a homossexualidade “absolutamente não era” enraizada apenas na biologia.
Uma pesquisa envolvendo gêmeos idênticos refutou essa teoria.[6] Visto que gêmeos idênticos têm genes idênticos, se um deles fosse homossexual, o outro também seria. No entanto, não foi isso que a pesquisa mostrou.
Usando um registro de 25 mil gêmeos, Michael Bailey, de Northwestern, mostrou que a homossexualidade ocorreu nos dois gêmeos apenas por uma vez em cada nove casos.[7] Bailey concluiu que os dados “não fornecem amparo estatístico significativo para importância de fatores genéticos” para a homossexualidade.[8] O estudo também não descarta fatores ambientais. Como a maioria dos gêmeos compartilha a mesma casa, é possível que seu meio ambiente tenha sido um fator comum em sua atração pelo mesmo sexo (SSA – same-sex attraction).
Apesar da crescente evidência científica contra isso, a teoria “nascido gay” persiste.
Ser gay por escolha?
Cynthia Nixon, estrela de Sex and the City, enfureceu, recentemente, a comunidade gay quando disse ao New York Times que ela escolheu ser gay. “Para mim, é uma escolha,” ela disse. “Eu entendo que para muitas pessoas não é, mas para mim isto é uma escolha.”[9]
O caso de Nixon é uma exceção, no entanto, e não explica a maior parte da homossexualidade. Claramente, a maioria dos homossexuais nunca escolheu sua orientação sexual. Alguns tentam de fato reprimir seus impulsos homossexuais, mas não são bem sucedidos. Muitos cristãos com atração pelo mesmo sexo ficariam felizes em escolher a outra maneira se pudessem, mas não podem. A atração pelo mesmo sexo não é uma escolha. As pessoas escolhem comportamentos, mas não escolhem desejos.
Se a homossexualidade não é nem genética, nem uma escolha, o que a explica? Não há causa única; diversos fatores colaboram. Alguns caminhos, no entanto, predominam. A seguinte explicação, embora não seja a única, ressoa em uma elevada porcentagem de pessoas com atração pelo mesmo sexo nos Estados Unidos.
Formado, não nascido
A homossexualidade é uma condição de desenvolvimento, não é principalmente sobre sexo, mas sobre identidade de gênero. Enfim, homossexuais são formados, não nascem assim.
A identidade de gênero, como a personalidade, é um traço não físico. É a confiança subconsciente de uma pessoa sobre o que o sexo é. Embora todo mundo nasça biologicamente masculino ou feminino, psicologicamente sua identidade de gênero se desenvolve ao longo do tempo, principalmente entre a infância e a puberdade.
Aqui está o fator chave: uma pessoa sempre é atraída pelo sexo biológico que é o oposto de sua identidade psicológica de gênero. Uma pessoa de identidade de gênero psicológica masculina (seja homem ou mulher) será atraída por um corpo feminino. Do mesmo modo, uma pessoa de identidade de gênero psicológica feminina (seja homem ou mulher) será atraída por um corpo masculino. Os opostos sempre se atraem.
APESAR DA CRESCENTE EVIDÊNCIA CIENTÍFICA CONTRA ISSO, A TEORIA “NASCIDO GAY” PERSISTE.
A identidade de gênero psicológica de uma pessoa é fortemente influenciada – embora não determinada – por seu sexo biológico. A maioria dos garotos desenvolve uma identidade de gênero masculina e a maioria das garotas uma feminina.
A identidade de gênero de um heterossexual corresponde ao seu sexo biológico. A identidade de gênero do homossexual é oposta ao seu sexo biológico.[10] Porque a identidade psicológica de um homossexual masculino é feminina (irei explicar adiante), eles são sexualmente atraídos por outros homens. Eles não acham que são conscientemente meninas (embora alguns possam achar), ao contrário, sua confusão de gênero é subconsciente.
Desenvolvimento heterossexual em homens
Em um desenvolvimento heterossexual normal, um menino desenvolve uma identidade masculina quando ele se identifica com as obrigações de seu pai (e de outros homens ao redor dele) durante seus primeiros anos de vida.
Embora um menino inicialmente se conecte profundamente com sua mãe, visto que ela o segura e o amamenta, o vínculo entre mãe e filho se estende ao pai quando este lhe dá atenção, carinho e afirmação. Quando o pai provê esses três elementos essenciais, a fonte de identificação de gênero do filho passa da mãe para o pai.
Conforme ele cresce, o menino continuará a traçar sua identidade a partir de homens. Ele irá buscar amigos do sexo masculino. Ele terá o padrão masculino de comportamento e maneirismos. Ele entenderá outros garotos. A masculinidade se tornará familiar para ele.
Garotas, por outro lado, parecerão misteriosas e estranhas. Elas falam, jogam, e se relacionam diferentemente dos garotos. Ele terá menos interesse nelas. Fêmeas – o outro gênero – se tornarão cada vez mais estranhas para ele.
Na puberdade, quando o interesse sexual de um garoto emerge, sua oposição misteriosa – garotas – começa a intrigá-lo. Suas “estranhezas” passam a ser atraentes, até estimulantes. “O exótico se torna erótico,” brincou Daryl Bem de Cornell.[11] O gênero desconhecido é o gênero sexual atraente. Mais uma vez, os opostos se atraem.
Desenvolvimento homossexual em homens
Este processo não é automático. Sob certas circunstâncias, o desenvolvimento da identidade de gênero segue um caminho diferente.
Às vezes, a transferência de identificação dos meninos da mãe para o pai falha. Em algumas famílias, o filho não irá se conectar com um pai que aparenta ser fraco, passivo, ausente ou hostil. A associação é difícil se o garoto pensar que seu pai é inseguro. Além disso, se sua mãe tem uma personalidade forte e o filho é excessivamente apegado a ela, será especialmente difícil para ele se conectar com seu pai.
Um casamento enfermo complica as coisas. Quando os pais não se relacionam bem um com o outro, o pai é menos envolvido com a família, surgindo assim passividade em vez de força, interesse e benevolência – o modelo que seu filho necessita.
A mãe assertiva, super envolvida, preenche a lacuna – compreensivelmente – esbanjando a necessária atenção, carinho e afirmação sobre seu filho. Porque o casamento é insatisfatório, a mãe pode usar, inadvertidamente, seu filho para satisfazer suas necessidades emocionais, tornando ainda mais difícil para o garoto se conectar com seu pai.
Nos casos em que o filho é sensível e introspectivo, cada experiência é intensificada. O desinteresse do pai ou a rejeição – efetiva ou percebida – é ampliada e interiorizada. Resultado: o filho se sente ansioso ou pouco à vontade com seu pai e outros homens.
EMBORA TODO MUNDO NASÇA PSICOLOGICAMENTE HOMEM OU MULHER, SUA IDENTIDADE DE GÊNERO SE DESENVOLVE PSICOLOGICAMENTE AO LONGO DO TEMPO.
O abuso sexual por um homem mais velho também pode resultar em homossexualidade. O trauma físico e psicológico pode produzir um garoto que vê homens como perigosos. Em vez de se conectar com seu pai e outros meninos, ele se identificará com o gênero mais “seguro” das mulheres.
Por causa de sua falha na transição, o menino desenvolve um “isolamento defensivo” como autoproteção em relação aos homens, fazendo-o sentir desassossegado em meio a outros homens. Embora ele tenha um desejo natural pela ligação masculina, ele pode crescer com uma sutil disposição hostil para com os homens.
O OBJETIVO É AJUDAR OS HOMOSSEXUAIS A SE TORNAREM SEGUIDORES DE JESUS COMPROMETIDOS COM A SANTIDADE.
O garoto olhará sua mãe, irmãs ou outras garotas como seus modelos de gênero. Ele imitará seus trejeitos e o modelo de seus comportamentos, eventualmente, identificando-se mais com eles do que com os dos homens.
Os meninos, por outro lado, se tornarão cada vez mais estranhos para ele. Por causa de sua postura defensiva, ele crescerá mais distante deles. Eles se tornarão diferentes, misteriosos, outro gênero.
Na puberdade, quando emerge seu interesse sexual, ele perceberá os homens como seu gênero oposto. O gênero masculino – o diferente e exótico – vai parecer erótico. O site peoplecanchange.com criado por ex-homossexuais, resume o processo:
“Enquanto sentíamos que os homens eram o oposto de nós, enquanto nos identificávamos com mulheres como nossas irmãs, permanecíamos atraídos pelo nosso oposto – o misterioso, homens desconhecidos… Ser sexualmente atraído por eles parecia natural. Inicialmente, pelo menos, não nos sentimos homossexuais tanto quanto nos sentimos sem gênero e, na falta de masculinidade suficiente dentro de nós, fomos atraídos por aquilo que sentimos que nos faria homens e completos.”
Crescendo desprovidos de masculinidade, os homens homossexuais procuram outros homens para satisfazer seu desejo de conexão com o sexo masculino e de carinho que nunca receberam como filhos. No entanto, seu desejo não é principalmente sobre sexo. Em vez disso, eles esperam conseguir a plenitude através de atos sexuais com homens que parecem ter a masculinidade que lhes falta. Os encontros não satisfazem, uma vez que as necessidades de identificação de gênero subjacentes não são satisfeitas.
Isso explica todos os casos de homossexualidade? Não. Nem todos os homens homossexuais têm uma identidade de gênero feminina. A maioria dos homens que eu[12] falo que tem atração pelo mesmo sexo, no entanto, têm problemas de identidade de gênero. Quase toda vez que eu ensino sobre homossexualidade, um homem homossexual me diz que sua educação incluía muitos dos elementos que acabamos de descrever.
Contudo, às vezes, a identidade de gênero não é a questão. Quando os homens têm relações sexuais uns com os outros em penitenciárias, trata-se, geralmente, mais sobre comando do que identidade de gênero. Além disso, no Oriente Médio, a rigorosa segregação de gênero incentiva os jovens homens a experimentos sexuais com outros homens.
Embora a lista de causas apontadas acima não seja exaustiva, esses padrões são comumente relatados por homens gays. Nenhuma dinâmica particular irá decretar que um garoto se inclinará à homossexualidade. No entanto, pesquisas científicas indicam que estes fatores psicológicos desempenham um papel fundamental na atração pelo mesmo sexo.
Biologia e identidade de gênero
Apesar de não ser a principal influência, a natureza pode desempenhar um papel secundário na identidade de gênero. Ela não predetermina a orientação, mas pode predispô-la quando fatores biológicos influenciam a capacidade de um menino de se identificar e se conectar com outros do sexo masculino.
Por exemplo, os meninos que nascem com habilidades atléticas são mais propensos a praticar esportes de equipe, permitindo que eles se conectem e se identifiquem com outros meninos. Aqueles que são menos atléticos, porém mais criativos e inclinados para as artes, são menos propensos a experimentar a ligação masculina do que aqueles que têm experiências em equipes esportivas.
Além disso, crianças nascidas com temperamentos sensíveis são mais propensas a reprimir ou notar certa rejeição de seus pais ou outros homens. Meninos com temperamentos antagônicos são menos sensíveis às feridas emocionais e tendem a não reprimi-las tão profundamente.
Desenvolvimento homossexual na mulher
Há pelo menos três caminhos possíveis que levam ao lesbianismo. Em primeiro lugar, em algum momento da infância uma menina decidiu subconscientemente que ser mulher é inseguro ou indesejável, então ela começa a se identificar com o gênero masculino. Isso pode acontecer por diversas razões.
Uma garota pode ver sua mãe ou outras mulheres como fracas. Alguns maridos podem ser controladores ou até mesmo abusivos em relação a suas esposas. Uma garota cuja mãe é maltratada pode não querer ser como ela. Ela vai rejeitar o gênero de sua mãe e se identificar com o sexo masculino. Na puberdade, ela vai ser atraída pelas mulheres que são (para ela) do gênero oposto.
A RAIZ DO PROBLEMA, PARA QUALQUER UM, É ESPIRITUAL. NOVO NASCIMENTO TRAZ NOVA VIDA.
Da mesma forma, uma garota que é abusada sexualmente por um homem pode concluir que não é seguro ser do sexo feminino. Para evitar mais dor, ela vai começar a identificar-se com os mais fortes, homens menos vulneráveis. Com o desenvolvimento de seus desejos sexuais, ela verá mulheres como seu gênero oposto e será atraída por elas. Infelizmente, celebridades lésbicas como Ellen DeGeneres, Rosie O’Donnell, e Melissa Etheridge admitiram publicamente que foram abusadas sexualmente quando crianças.
Um segundo caminho para o lesbianismo é amplamente referido como LUG (Lesbian Until Graduation), ou lésbica até a graduação. Às vezes, meninas na idade do ensino médio e na idade universitária experimentam o lesbianismo, mas pretendem seguir heterossexuais após a graduação. Algumas conseguem. Outros nunca deixam a atividade do mesmo sexo.
Um terceiro caminho ocorre em mulheres mais velhas, após uma experiência amarga como o divórcio. Essas mulheres procuram uma amiga sensível e compreensiva que proporcione segurança e conforto em meio à extrema dor emocional causada por um homem. O vínculo emocional íntimo e poderoso, por vezes, leva a união sexual.
Mais uma vez, estes caminhos não são exaustivos, nem determinantes. A jornada de cada um é única e como se interpreta um evento da vida varia de pessoa para pessoa.
É possível mudar?
Para muitos, a questão de se mudar a orientação sexual já foi resolvida. Os “especialistas” têm falado que a mudança não é possível. Não existem “ex-gays”. Como se vê, no entanto, as evidências indicam justamente o oposto.
Primeiro, observe que um relatório antigo reivindicando esse tipo de mudança realmente ocorreu. Em 1Coríntios 6:9-11, Paulo diz que alguns cristãos de Corinto tinham sido homossexuais (“Tais fostes alguns de vós…”), mas experimentaram mudanças significativas. É irrelevante para meu ponto que muitos rejeitem a Bíblia como a Palavra de Deus. Eu estou apelando a esta carta antiga por razões históricas, não espirituais, para mostrar que algumas pessoas na Grécia antiga deixaram para trás a homossexualidade.
Estudos recentes indicam a mesma coisa. Um artigo publicado em Psychological Reports, em 2000, investigou 882 homossexuais insatisfeitos. Depois de dar sequência em alguma forma de terapia, 34% dos participantes relataram que mudaram sua orientação sexual para exclusiva ou quase exclusivamente heterossexual. Eles experimentaram reduções estatisticamente significativas nos “pensamentos e fantasias homossexuais” e melhorias em seu “bem-estar psicológico, interpessoal e espiritual”.[13]
DEUS ESTÁ PRESENTE PARA PERDOAR E RESTAURAR, INDEPENDENTEMENTE DAS LUTAS PESSOAIS.
Um estudo de longo prazo em 2007, de Jones e Yarhouse, foi publicado recentemente no Journal of Sex & Marital Therapy.[14] Este estudo tem sido aclamado como um dos estudos mais rigorosos já elaborado para investigar a possibilidade de mudança. Os pesquisadores acompanharam noventa e oito pessoas com atração indesejada pelo mesmo sexo por mais de seis anos. Quinze por cento dos participantes relataram “redução substancial na atração homossexual e uma posterior conversão à atração e conduta heterossexual”. O resultado mais surpreendente, no entanto, foi que os indivíduos classificados como “verdadeiramente gays” – aqueles com alto nível de atração sexual, fantasias e comportamento homossexuais – relataram a maior quantidade de mudança.
Médicos e outros cientistas relataram sucessos por mais de um século. Em 1882, Jean Martin Charcot, o “pai da neurologia”, descreveu como “o homossexual se tornou heterossexual” como resultado de seus tratamentos. Na década de 20, Freud relatou mudança na orientação sexual através da psicanálise. Os pesquisadores continuaram a apresentar resultados semelhantes ao longo do século XX: Wilhem Stekel na década de 30, Frank Caprio e Albert Ellis na década de 50, Russel Monroe e Edward Glover na década de 70, Karolynn Siegel nos anos 80, e Houston MacIntosh na década de 90, para citar apenas alguns.
Dada tal evidência convincente, não é surpreendente que um recente livro de psiquiatria, “Essential Psychopathology & Its Treatment”, tenha concluído que a orientação sexual pode mudar e que a terapia não é necessariamente prejudicial:
“Evidência empírica recente demonstra que a orientação homossexual pode, efetivamente, ser terapeuticamente mudada em clientes motivados, e a que a terapia de reorientação, quando experimentada, não produz danos emocionais.”[15]
De acordo com dados clínicos, milhares de pessoas têm experimentado essa mudança. A cada ano mais pessoas declaram publicamente que já não são mais homossexuais.
Nicholas Cummings, ex-presidente da Associação Americana de Psicologia (APA), foi Chefe de Saúde Mental da Kaiser Permanente em San Francisco por 20 anos. Ele, pessoalmente, trabalhou com mais de 2.000 pacientes com atração pelo mesmo sexo. Sua equipe (seis dos quais eram gays) acompanhou mais de 16 mil homossexuais. Cummings estima que centenas de pessoas sob seu cuidado mudaram sua orientação sexual. Ele também observa que aproximadamente 7% dos 16.000 pacientes apresentaram alguma mudança mensurável, muitos se casando e vivendo vidas heterossexuais.[16]
Os dados de Cummings não podem ser descartados. Ele tem sido um defensor, ao longo da vida, dos direitos dos gays e lésbicas, e foi o primeiro líder da Associação Americana de Psicologia a nomear o Grupo de Trabalho sobre Assuntos de Gays e Lésbicas (Task Force on Lesbian and Gay Issues).
Dada esta evidência, como alguns ainda afirmam que a mudança de orientação sexual não é possível? Diversas e independentes linhas de evidência teriam que ser defeituosas ou fraudulentas. Ao longo dos últimos 100 anos, centenas de profissionais que já trataram homossexuais teriam que estar equivocados ou ter mentido sobre suas descobertas.
Os terapeutas que trabalham, hoje, com homossexuais, estão fabricando histórias de sucesso? O aconselhamento para homossexuais fornecido por organizações religiosas e seculares estão deturpando seus resultados? Milhares de heterossexuais que viviam como homossexuais estão fingindo? Todas as pessoas que eu conheci ao longo dos anos que afirmaram ter mudado estariam mentindo?
Como disse a professora de psiquiatria, Tiffany Barnhouse: “A alegação frequente feita por ativistas ‘gays’ de que é impossível para os homossexuais mudarem sua orientação… acusa dezenas de meticulosos e responsáveis psiquiatras e psicólogos de falsificarem seus dados.”[17]
Os céticos apontam para problemas. Nem todos aqueles que buscam mudança eliminam toda a atração pelo mesmo sexo. Outros “ex-gays” tornaram-se ex “ex-gays”, voltando a ter atração pelo mesmo sexo. Essas críticas, no entanto, não se aplicam nos mesmos padrões a outras condições. Pessoas em tratamento para depressão, por exemplo, ainda se sentem deprimidas às vezes. Outras falham completamente. No entanto, isso não significa que a depressão não possa ser tratada. O mesmo acontece com muitas outras condições psicológicas.
Será que isso significa que a mudança é fácil? Não. Todo mundo é bem sucedido? Nem um pouco. Será que o sucesso sempre implica em transformação total? Raramente. Devemos tentar mudar as pessoas que não querem mudar? É claro que não.
Mas é possível, para alguns homossexuais, experimentar mudança substancial e duradoura? Absolutamente, sim. Isto é uma boa notícia, dado quantas pessoas sofrem de atração indesejada pelo mesmo sexo. Eles têm esperança.
A melhor esperança
Embora a mudança na orientação sexual seja possível, nossa missão como embaixadores de Cristo não é ajudar os homossexuais a se tornarem heterossexuais. Não nos empenhamos para mudar seus desejos, mas para torná-los discípulos – seguidores de Jesus comprometidos com a santidade, independentemente dos pecados particulares, tentações ou inclinações.
A raiz do problema para qualquer um não é nem biológica (natureza) nem ambiental (educação). É espiritual. Esses ex-homossexuais na antiga Corinto não estavam simplesmente mudados; eles foram transformados através de um verdadeiro encontro com o Cristo vivo. O novo nascimento trouxe nova vida.
O mesmo recomeço está disponível para todos. Deus está presente para perdoar e Deus está presente para restaurar, independentemente das lutas individuais. E essa é a melhor esperança para qualquer um, tanto homossexual quanto heterossexual.
Colocando essa base sólida em ação:
- Lembre-se que a visão de que a homossexualidade está ligada a genes é, na melhor das hipóteses, controversa e não foi provada.
- Tenha em mente que pessoas se tornam homossexuais e não nascem homossexuais, e que a atração pelo mesmo sexo é uma condição de desenvolvimento, principalmente sobre a identidade de gênero.
- Embora a mudança de orientação sexual seja possível, nossa missão não é ajudar homossexuais se tornarem heterossexuais. Nosso esforço deve ser para fazer discípulos de Jesus, comprometidos com a santidade.
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Notas:
*Este artigo foi adaptado do último livro de Alan Shlemon chamado “The Ambassador’s Guide to Discussing Homosexuality”, disponível no website www.str.org
[1] “Heterosexual and Homosexual Men,” Simon LeVay in Science (Vol. 253, No. 5023, Agosto. 30, 1991), 1034-1037.
[2] Hamer et al., “A Linkage Between DNA Markers on the X Chromosome and Male Sexual Orientation,” Science 261 (1993), 321-327.
[3] “Sex and the Brain—Neurobiologist Simon LeVay Found a Link between Brain Structure and Homosexuality,” David Nimmons, Discover Magazine, Março 1994, 64.
[4] Rice et al., “Male Homosexuality: Absence of Linkage to Microsatellite Markers at Xq28,” Science 284 (1999), 665-667.
[5] Hamer and Copeland, Living with Our Genes: Why They Matter More than You Think (New York: Bantam Doubleday Dell, 1998), 188.
[6] Anastasia Toufexis in “New Evidence of a ‘Gay Gene,’” Time, Novembro 13, 1995, Vol. 146. Edição 20, 95.
[7] Michael Bailey et al., “Genetic and Environmental Influences on Sexual Orientation and its Correlates in an Australian Twin Sample,” Journal of Personality and Social Psychology 78 (2000). O valor de 11% é a concordância “de pares”.
[8] Ibid.
[9] Informação obtida de 15 de fevereiro de 2012, do link http://www.nytimes.com/2012/01/22/magazine/cynthia-nixon-wit.html?_r=3&pagewanted=3.
[10] Ou, possivelmente, ele possui um gênero masculino fraco, predispondo-o à atração pelo mesmo sexo.
[11] Daryl Bem, “Exotic Becomes Erotic: A Developmental Theory of Sexual Orientation,” in Psychological Review (1996, Vol. 103, No. 2), 320-335.
[12] Todas as referências em primeira pessoa são ao co-autor Alan Shlemon.
[13] Nicolosi, Byrd, and Potts, “Retrospective Self-Reports of Changes in Homosexual Orientation: a Consumer Survey of Conversion Therapy Clients,” Psychological Reports (June, 2000), 1071-1088.
[14] Jones, & Yarhouse, “A Longitudinal Study of Attempted Religiously Mediated Sexual Orientation Change, Journal of Sex & Marital Therapy, 37 (2011), 404-427.
[15] Kilgus, Maxmen, and Ward, Essential Psychopathology & Its Treatment (New York: W. W. Norton & Company, 2009), 488.
[16] Informação obtida de 8 de Janeiro de 2013, do link http://narth.com/docs/cummings.html.
[17] Tiffany Barnhouse, “What Is a Christian View of Homosexuality?” Circuit Rider (Fevereiro, 1984), 12, citado em Neil Whitehead, My Genes Made Me Do It!: A Scientific Look at Sexual Orientation (Lafayette, LA: Huntington House Publishers, 1999), 255.
Traduzido por Carolina Mendonça e revisado por Maria Gabriela Pileggi.
Texto original aqui.
Alan Shlemon graduou-se na California State University, Long Beach, e obteve seu Master of Arts em apologética crista na Biola University. Tem sido convidado para falar em canais de TV e programas de rádio, bem como a centenas de adultos e estudantes ao redor dos Estados Unidos em igrejas, conferências e campus universitários. |
Gregory Koukl obteve seu mestrado em filosofia da religião e ética na Talbot School of Theology e seu mestrado em apologética cristã na Simon Greenleaf University. É professor adjunto de apologética cristã na Biola University. Tem apresentado seu próprio programa de rádio por 20 anos, onde defende a cosmovisão cristã. |