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18/set/2015É incrível como as discussões sociais que acontecem aqui nos EUA chegam tão rapidamente no Brasil. Mas, surpreendentemente, a mídia brasileira não tem se pronunciado a respeito dos escândalos envolvendo a principal clínica de abortos em solo americano. Aqui vai uma breve explicação do que está ocorrendo.
O aborto foi legalizado pela Suprema Corte americana em 1973, no caso Roe vs Wade. Desde então, mais de 58 milhões de abortos foram executados. A grande maioria motivada por mera conveniência – menos de 1% referentes a estupro ou incesto.
Alguns investigadores particulares gravaram entrevistas de negócios e atendimentos nas clínicas ligadas à Planned Parenthood (Parentesco Planejado), instituição financiada pelo governo americano e a que mais efetua abortos nos EUA. As gravações revelam uma realidade terrível. Em contratos com laboratórios de pesquisa, a PP vende o que chamam de “espécimes” por um preço que varia de $30 a $100. “Espécime” nada mais é do que determinado órgão do bebê, como rins, fígados, etc. Essa venda de tecidos fetais é ilegal.
Outras horrendas ilegalidades que os vídeos revelam são o incentivo ao aborto, mesmo que isso implique mentir perante o Judiciário, e a execução de “abortos” pós-parto. Isso mesmo! Por vezes, por conta dos procedimentos iniciais de aborto, o bebê “sai intacto” (ou seja, nasce) e depois é “abortado”.
Essas são algumas das tristes situações reveladas nessa investigação. Particularmente, creio que não interessa para a mídia brasileira revelar as drásticas consequências de uma eventual aprovação do aborto em solo nacional. Isso atrapalharia a agenda liberal (e os propósitos do inimigo).
A Igreja americana tem se manifestado publicamente em protestos por todo o país, pedindo a retirada do financiamento público da PP. Além disso, os crentes têm, de certa forma, pressionado a cultura (algo inédito para mim) através de ampla argumentação (bíblica) contra o aborto. A igualdade do valor das vidas de mãe e filho(a) baseada no fato de ambos refletirem a imagem de Deus tem tomado o centro da discussão. Afinal, o nazismo provou o fim que leva defender que uma vida vale mais que outra (só esse ano no mundo foram praticados 26 milhões de abortos, enquanto o holocausto envolveu a morte de 6 milhões de judeus).
Esse é um breve desabafo de um pai, cuja filha tem apenas vinte semanas e ainda mora “na barriga da mamãe”. Vinte semanas! Se quisesse, ainda teria o direito de abortar. Mas ela é um ser humano como qualquer outro. Ela se move, chuta, reage à dor, músicas e sons, chupa o dedo…
Espero que essas notícias cheguem no Brasil. Enquanto não chegam, você que fala inglês pode acessar o conteúdo no Youtube (www.youtube.com/user/centerformedprogress) e ajudar a igreja brasileira a rebater as tendências políticas e sociais com relação ao aborto.
Lucas Sabatier é casado com Isabella e mora em Lafayette-IN, EUA, onde atualmente cursa o programa de mestrado em divindade no Faith Bible Seminary. Advogado formado pela PUC-SP em 2009. |
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