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08/nov/2016O socialismo está em alta na mente de muitos americanos. Alguns amam, outros odeiam, e outros são indiferentes a ele. Alguns cristãos argumentam que ele é maligno, enquanto outros defendem que é moralmente bom ou neutro. Aqueles que argumentam pelo caráter maligno do socialismo comumente falham em condenar o capitalismo de compadrio[1] e o bem-estar corporativo[2] tão divulgados e praticados nos Estados Unidos; portanto, seus argumentos constantemente caem nos ouvidos surdos dos simpatizantes do socialismo. Os argumentos em favor de sua bondade ou neutralidade moral tipicamente apelam para a emoção em vez da evidência, sendo considerados insuficientes para os opositores.
Rostos específicos devem vir à mente quando pensamos no socialismo neste ciclo eleitoral, mas a realidade é que os modelos de socialismo têm feito parte do tecido da América desde o sistema escolar público (final dos anos 1800) e o New Deal de Franklin D. Roosevelt[3] (1933-1938). Martin Luther King corretamente criticou o estado do país durante sua vida quando disse: “Este país tem o socialismo para o rico e o cruel individualismo para o pobre”.
Além disso, o socialismo é extremamente difícil de ser definido e a maioria das pessoas concordará que existem diversos graus de socialismo. Você se sentirá pressionado a encontrar um consenso na internet sobre quais componentes formam um governo socialista, mas, para meus propósitos, usarei a definição fornecida por John Piper:
“Um sistema econômico e social que, através de coerção legal, governamental ou militar – em outras palavras, você vai para a prisão se não fizer isso – estabelece uma propriedade social às custas da propriedade pessoal ou privada, e/ou, você pode dizer, um sistema no qual a coerção é usada para estabelecer controle social – se não sobre a propriedade, pelo menos sobre os meios de produção na sociedade. E assim, através do controle, você efetivamente elimina muitas das implicações e motivações da propriedade privada.
Em outras palavras, o socialismo empresta os objetivos compassivos do cristianismo em atender as necessidades das pessoas enquanto rejeita a expectativa cristã de que tal compaixão não deveria ser forçada ou coagida. O socialismo, portanto, se torna atrativo em certos pontos da história em que as pessoas se aproximam dele por conta dos direitos que ele traz, enquanto permanecem ignorantes acerca da coerção ou da força requerida para implementá-lo – e tal coerção pode provocar, de fato, efeitos negativos e resultar em maior pobreza e fastidiosa uniformidade ou, pior, o abuso da coerção como vimos nos estados genocidas, como a URSS e o Camboja.”
Poucos questionam as boas intenções daqueles que advogam em favor de modelos socialistas de governo. Eles claramente se preocupam com os pobres. Alguns, como o senador Sanders, desejam lutar contra a corrupção que atualmente existe em Washington. Mas, como diz o ditado, “a estrada para o inferno foi pavimentada com boas intenções” (não estou condenando ninguém ao inferno). Em outras palavras, as boas intenções dos “programas sociais” (um termo que continuarei a usar) terão más consequências a longo prazo.
Eu era como um socialista
Se você tivesse me perguntado na faculdade o que eu pensava sobre o socialismo, eu teria dito que é uma ideia atrativa. Mesmo mantendo-me, na maior parte do tempo, indiferente à política, considerava-me um conservador em tópicos como aborto, mas liberal quando se tratava de assistência governamental ou programas sociais. Eu era algo classificado como moderado. Eu não tinha nenhum problema com um sistema que chama o governo a dar dinheiro àqueles que necessitam ou que são menos fortunados. Mas meu entendimento de economia, política, do coração humano e das consequências das ideias eram extremamente limitados. Eu estava procurando um tipo de utopia: os céus na terra.
Crescer em um dos municípios mais pobres do estado mais pobre da República fez com que a maioria das pessoas que eu conhecesse recebesse algum tipo de assistência do governo. Para algumas famílias, isso era uma muleta. Para outras, era uma pedra de apoio, uma assistência temporária. A maior diferença que notei entre os dois grupos foi que este último possuía valores cristãos acerca do trabalho duro e suporte familiar, enquanto o primeiro não tinha. Por causa disso, o ciclo de pobreza dos primeiros permanecia, enquanto os últimos o encerravam em uma ou duas gerações.
Minha família era uma das que receberam assistência governamental. Eu darei a você um vislumbre do meu contexto. Minha avó ajudou a me criar junto com minha mãe e minhas tias, incutindo muitos valores bons em mim e em meus primos ainda com pouca idade. Embora minha avó tenha recebido uma educação formal até a oitava série e tenha crescido em pobreza completa, pela graça de Deus, ela é a razão pela qual o ciclo de pobreza foi eliminado em uma geração. Ela não apenas nos ensinou o valor do trabalho duro, ela nos mostrou isso.
Todas as manhãs ela acordava antes do amanhecer, se exercitava, trabalhava no jardim sob o sol do Mississippi, lia sua Bíblia e orava. Mas seu trabalho não havia acabado. Ela nunca deixava as refeições faltarem, a casa estava sempre impecável e o gramado estava sempre bem cuidado. Ela colocou dois filhos na faculdade (minha mãe é um deles) e ajudou a criar vários netos e bisnetos. Tudo que ela fazia era motivado pelo que acreditava que a Bíblia ensinava. Ela amou sua família e se sacrificou demais para garantir que nós teríamos oportunidades e privilégios que ela não teve. Ainda hoje, reconheço que nossa família está colhendo os benefícios de seu trabalho mais do que do nosso próprio. Meu trabalho sozinho não me faria chegar onde estou hoje.
Não demonize os beneficiários
Como minha avó e outros beneficiários de programas sociais revelam, é inquestionavelmente falso que todo aquele que se beneficia de programas sociais são preguiçosos e permanecerão assim. Mas é igualmente falso que os programas sociais são essenciais para tirarem famílias da pobreza ou que são necessários para uma sociedade próspera.
A despeito do bem que possam apresentar em alguns casos, eu não posso, em sã consciência, abraçá-los como meios necessários para escapar da pobreza. Em minha experiência, eu testemunhei eles atrapalharem mais famílias do que ajudarem-nas. Damos muito crédito aos programas sociais e muito pouco à importância da família e da fé. De fato, alguns economistas apontam que foi durante o estado de bem-estar que a condição particular de um grupo de beneficiários começou a desacelerar. Como o economista negro Thomas Sowell apontou:
“A família negra, a mesma que sobreviveu a anos de escravidão e discriminação, começou a se desintegrar rapidamente no estado de bem-estar liberal que subsidiou a gravidez fora do casamento e transformou o estado de bem-estar, que deveria ser um resgate emergencial, em uma maneira de viver.”
Sowell continua a atacar o mito de que programas sociais melhoraram a condição dos negros na América:
“O crescimento econômico dos negros começou décadas antes de qualquer uma das legislações ou políticas que atualmente recebem o crédito por este crescimento. A continuidade da ascensão dos negros para fora da pobreza não acelerou – repito, não acelerou – durante a década de 1960.
A taxa de pobreza entre famílias negra caiu de 87% em 1940 para 47% em 1960, durante uma era virtualmente sem nenhuma legislação acerca dos direitos civis ou programas anti-pobreza.”
Evidências parecem sugerir que as famílias que eliminaram o ciclo de pobreza com os programas sociais provavelmente teriam feito o mesmo sem tais programas. Embora tenha existido um grande número de graves injustiças contra as minorias em nosso país que barraram o progresso (escravidão, Jim Crow), os programas sociais não parecem ser a causa de qualquer ganho significativo. Portanto, eu quero, humildemente, oferecer três razões práticas, baseadas em minha cosmovisão cristã, pelas quais acredito que os programas sociais podem na verdade substituir a família, empoderar o governo e bloquear a igreja.
1. Programas sociais substituem a família
A unidade familiar é essencial para a saúde da sociedade. Deve ser um dos maiores interesses do governo defender os valores familiares para a proteção das crianças bem como para a saúde emocional e mental das gerações futuras. As Escrituras são claras sobre o fato de que a família é uma instituição criada por Deus, e ele está profundamente comprometido com seu bem-estar.
As Escrituras também deixam claro que é responsabilidade da família, não do governo, cuidar dos seus membros. As instruções de Paulo em 1Timóteo 5.8 são claras: “Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente”. Um pouco antes no texto, Paulo adverte que as viúvas que possuem filhos não devem ser cuidadas pela igreja.
Programas sociais frequentemente enganam as famílias, fazendo-as acreditar que, devido à assistência governamental, elas não têm mais responsabilidade de cuidar de seus membros. Lembro-me de estar sentado na barbearia ouvindo um jovem reclamar do fato de sua mãe idosa não receber qualquer assistência governamental. Ele, obviamente, preocupava-se profundamente com sua mãe, mas também não via como sua a responsabilidade de cuidar dela. Isto me entristeceu muito, mas entendi a origem desse pensamento. Há alguns anos, eu teria lhe dado meu “amém” sobre como o sistema era horrível, mas, baseado em minha cosmovisão, não creio mais que é obrigação do governo cuidar dos meus parentes. Esta é minha responsabilidade segundo 1Timóteo 5 e Efésios 6.2.
Quando dependemos do governo para cuidar de nossa família, nós o comissionamos a tirar o dinheiro ganho por outros cidadãos com dificuldades e dar à nossa família. Como? O governo não gera renda à parte de seus cidadãos. Cada centavo que o governo recebe vem do salário de seus cidadãos. Portanto, minha esposa e eu fizemos o voto de nos responsabilizarmos por nossos pais idosos, não importa o custo.
Atualmente, a Suécia é apresentada como a imagem de um país socialista democrático bem-sucedido, mas um rapaz que cresceu no país pensa diferente. Sebastian Bjernegård, um cidadão sueco que agora vive nos Estados Unidos, enviou-me seus pensamentos sobre o socialismo democrático da Suécia. Ele comenta sobre como o poder governamental afeta a família:
“Quando o governo se torna muito poderoso, a família e a igreja são vistas como secundárias para o Estado. O governo presume saber o que é melhor para seus filhos. Em breve, a educação domiciliar se tornará ilegal.
A Suécia tornou-se um dos países mais seculares do mundo. A expansão do socialismo é comumente seguida pela expansão do secularismo. Recentemente, um artigo argumentou que as crianças deveriam ter seu próprio direito de escolher que religião seguirão (ou não). Deste modo, os pais não deveriam forçar seus filhos a irem à igreja. Esta crença é agora amplamente afirmada por conhecidos meus na Suécia.”
Conforme os programas sociais crescem, cresce o poder do governo, e a provisão e autoridade da família inevitavelmente enfraquecem.
2. Programas sociais empoderam o governo
Como Bjernegård explica, programas sociais empoderam o governo. Há uma clara correlação entre dependência e poder. Para um exemplo disso, não precisamos nos afastar muito do relacionamento entre pai e filho.
Geralmente, filhos são inclinados a obedecer seus pais porque reconhecem desde cedo que são absolutamente dependentes da misericórdia deles. Eles reconhecem que a mamãe e o papai lhes dão comida e têm o poder de dar, tirar ou lhes comprar brinquedos novos. Eles percebem que a mamãe e o papai têm a autoridade para discipliná-los quando eles desobedecem. Até mesmo adotam o sistema moral de seus pais, mesmo que temporariamente. Algumas crianças retém uma certa lealdade aos pais mesmo depois que envelhecem, ficando ao lado deles mesmo quando estão errados. Vemos claramente aqui o poder da provisão.
Não está convencido? Observe a relação entre empregado e empregador. O empregado é dependente do empregador para sobreviver – pagar suas contas, seu aluguel, e comprar comida. Dessa forma, o empregado é motivado a obedecer ao empregador pelo desejo de sobreviver. Devido à relação de dependência com os que necessitam de provisão, aquele que provê é empoderado. Consequentemente, compromissos são feitos pelos dependentes por conta do poder possuído pelos seus provedores.
Esta mesma relação existe entre o governo e os beneficiários dos programas sociais. Os beneficiários dependem do governo para sobreviver, ou pelo menos para ter uma renda extra. A instituição familiar pode se tornar irrelevante e a motivação para trabalhar está potencialmente destruída. De repente, programas tornam-se “direitos” em vez de serem um caminho para fora da pobreza. O resgate que deveria ser temporário se torna um meio permanente de sobrevivência. Alexis de Tocqueville corretamente observou:
“Não se trata de uma lista infinitamente expansível de direitos – o direito à educação, o direito a planos de saúde, o direito à alimentação e moradia. Isto não é liberdade, é dependência. Estes não são direitos, são rações de escravidão: feno e celeiro para o gado humano.”
O governo torna-se mestre e os receptores dos benefícios tornam-se seus dependentes e escravos. Para manter suas rações, o compromisso não é apenas necessário, mas inevitável. O partido que promove os programas sociais que os dependentes consideram apropriados e justos é a moralidade do grupo que eles aceitam ou toleram. Como crianças, eles eventualmente irão parar de pensar por si mesmos e depositarão completamente sua confiança no governo para obterem entendimento. Fredrick Douglass apropriadamente argumenta:
“Para criar um escravo satisfeito, você deve formar um escravo inconsequente. É necessário obscurecer sua moral e sua visão mental e, o quanto for possível, aniquilar seu poder de raciocinar. Ele não deve ser capaz de detectar inconsistências na escravidão. O homem que leva seus ganhos deve conseguir convencê-lo de que é perfeitamente justo que ele faça isso. Não deve depender de mera força física; o escravo não deve conhecer uma lei maior que a vontade de seu mestre. Tal relacionamento não deve apenas ser demonstrado como algo necessário, mas como algo absolutamente justo.”
O governo torna-se Deus quando acreditamos que não há lei maior. Isto é extremamente perigoso quando sabemos, pela história, que o governo (e a Suprema Corte) tem a fama de validar leis repulsivas. No entanto, cristãos frequentemente usam passagens como Romanos 13 como uma desculpa para se sentar e aceitar as ações do governo, ainda que elas sejam injustas. Ao fazermos isso, nos submetemos ao governo como “lei maior”.
Embora a Bíblia, por exemplo, nos ordene que paguemos nossos impostos, ela nos ensina, do mesmo modo, que o trabalhador é digno de seu salário. Isto significa que devemos nos rebelar, negligenciar ou não pagar nossos impostos quando acreditamos que o sistema tributário é injusto? Não necessariamente. Entretanto, não devemos aceitar passivamente programas tributários que usam erroneamente o dinheiro que nós ganhamos. Se vivemos em uma “sociedade livre”, devemos, então, usar nossos direitos constitucionais para pressionar nossos líderes a nos representar na capital da nação.
Além do mais, o dinheiro que recuperamos em um sistema justo de impostos deveria ser usado para cuidar das necessidades dos santos, de nossos vizinhos e para a glória de Deus, ao invés de satisfazer nossa própria luxúria e nossos desejos carnais. Somos todos culpados disso, eu sei que sou. Cristãos não lutam por tributos mais baixos para guardarem mais tesouros na terra, mas para investir em seus vizinhos e companheiros de serviço no avanço do Evangelho.
Em última instância, um bom governo deveria encorajar o bom comportamento e desencorajar o mau comportamento. Eu acredito que o governo deveria, no máximo, premiar aqueles que fazem atos de caridade em suas comunidades locais e penalizar aqueles que fazem o mal. Infelizmente, nosso governo se tornou tão moralmente corrupto que o mal é premiado como se fosse bem (aborto). Modelos de socialismo tendem a fazer o oposto e, durante um período de tempo, rotular atos de amor como direitos dados por Deus. Isto é destrutivo para a nação e para os cidadãos.
3. Programas sociais bloqueiam a igreja
Na entrevista mencionada acima, John Piper tratou do socialismo. Ele começou com uma declaração consistentemente repetida:
“Na igreja ninguém deve passar fome. Ninguém deve ficar sem um lugar para dormir. Ninguém deve ficar sem o atendimento médico que necessita. Ninguém deveria ficar desempregado se algum crente puder ajudá-lo a encontrar um emprego. E assim por diante. Tudo isso deveria acontecer através da ajuda livre e não coagida de outros crentes.
Quando Lucas escreve em Atos 2.44-45, que ‘Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. E eles vendias suas posses e pertences e distribuíam para os outros conforme a necessidade’, o que ele quis dizer é que cada necessidade era percebida e suprida por outros crentes, ainda que eles tivessem que vender o que tinham para ajudar a saná-las – e isso era feito livremente. Isso não remove a propriedade privada, mas, ao contrário, a tem como pressuposto.”
A Igreja tem uma responsabilidade social com seus membros. Atos 2.44-45 e 1Timóteo 5.8 são claros sobre como os membros do corpo de Cristo são responsáveis uns pelos outros. Se um crente está em necessidade, ele ou ela deveria procurar ajuda, em primeiro lugar, entre os membros de sua família. Se não encontrarem ajuda, devem procurá-la em sua congregação local.
Sempre me entristeço quando sei de cristãos que são membros de um corpo local e necessitam de ajuda, mas não podem recorrer à igreja para isso. Igrejas que gastam seu dinheiro em prédios maiores, em mais tecnologia e jatinhos privados para o pastor e negligenciam as necessidades de seus membros são uma afronta ao Evangelho. Uma viúva com três filhos e sem parentes nunca deveria depender do governo para assistência. Seu fardo deveria ser o fardo da igreja. Uma família cristã em necessidade de cuidados com a saúde jamais deveria depender de um programa de saúde governamental. Eles deveriam ser capazes de ir às suas igrejas e a outros cristãos pedir por ajuda. Há vários programas de compartilhamento de saúde cristãos que existem como ótimas alternativas ao seguro e que lhe fornece os fundos necessários para conseguir boa assistência médica e também uma oportunidade de ajudar a outros.
Alguns poderão dizer: “Isso pode ser o ideal, mas está muito longe de acontecer”. O mesmo pode ser dito acerca do socialismo, o qual é uma tentativa humana de abordar a pobreza. Mas, o que dizer da divina autoridade de Deus? Os cristãos nunca deveriam considerar um sistema criado pelo homem como sendo mais prático que o ideal revelado por Deus.
Deus se importa com o pobre
As Escrituras claramente ensinam que Deus se importa com o pobre e espera o mesmo de seu povo (Deuteronômio 15.4-5). Se apenas falarmos sobre nosso ódio aos modelos de socialismo, mas nunca discutirmos alternativas bíblicas para abordar os problemas que o socialismo tenta abordar, como um pastor do interior certa vez me escreveu, “perderemos uma parte substancial do fundamento moral com o qual falamos”.
O governo é uma instituição boa e necessária, mas Deus tem muito mais a dizer sobre a igreja e a família. A história mostra que a fé no governo não pode trazer mudança genuína. Aqueles que depositam sua esperança no governo não são diferentes daqueles que depositam sua esperança em carros e cavalos (Salmo 20.7).
Alguns podem alegar que minha visão apenas transfere poder do governo para a igreja e a família. Eles estão corretos. Mas este poder é limitado. A família só tem poder sobre seus próprios membros. Se a família é abusiva, em uma sociedade livre com um governo limitado, a criança é livre para partir um dia. Se uma igreja é antibíblica, membros são livres para partir e encontrar uma outra congregação ou mesmo abandonar a fé completamente. Porém, se um governo torna-se demasiadamente poderoso, seu poder não tem limites. Ele pode interferir na família e na igreja. Em alguns casos, cidadão são presos, e até mesmo impedidos de sair do país.
Programas sociais são rampas escorregadias que podem levar a governos injustos, a mais lares partidos e a igrejas mortas. Portanto, eu simplesmente não posso aceitá-los. Uma sociedade livre sob um governo justo nos dá uma variedade de opções. Nós amamos nossos próximos ao criar organizações sem fins lucrativos, construindo hospitais e abrindo escolas que se dirigem às pessoas sem usar a força governamental. O que estou propondo não é fácil, mas é uma alternativa bíblica que requererá sacrifício, visão, convicção renovada e uma mudança radical em nossa concepção de igreja, família e governo.
Imagine uma nação em que cristãos não usam a força do governo para impor leis desnecessárias (movimento da temperança) sobre descrentes ou tentando criar uma teocracia pela força, mas amando seus próximos através da verdade (espalhando o Evangelho) e da misericórdia (suprindo suas necessidades). Eu sonho com um país em que cristãos lideram a nação em atos de misericórdia, amando e cuidando de seus vizinhos e inimigos. Considerando que “Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8), devemos nos sacrificar e morrer para nós mesmos não apenas em favor de outros cristãos, mas também de descrentes.
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[1] Nota do Tradutor: Capitalismo de Compadrio ou Capitalismo Clientelista é a prática econômica de atrelar o desenvolvimento de empresas privadas às relações governamentais, incluindo fornecimento de subsídios por parte do governo, incentivos fiscais e outras práticas do tipo.
[2] Nota do Tradutor: Bem-Estar Corporativo ocorre quando o governo dá às empresas privadas e grandes corporações incentivos e renúncias fiscais, empréstimos, subsídios e outras contribuições.
[3] Nota do Tradutor: O New Deal foi um conjunto de políticas econômicas adotadas por Franklin D. Roosevelt para recuperar a economia americana.
Traduzido por Felipe Wieira e revisado por Maria Gabriela Pileggi.
Texto original: The Heart of Socialism: A Sympathetic Response to Advocates of Social Programs. Desiring God.
Phillip Holmes serviu como estrategista de conteúdo no ministério desiringGod.org. É casado com Jasmine e têm um filho. |
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5 Comments
Olha gosto desse site, tem muita coisa interessante. Mas quando abordam politica aqui, vocês são uma porcaria,não são nada imparciais, puxam sardinha pra direita. Adoram criticar o socialismo e o comunismo, mas ninguém diz nada sobre o capitalismo, o sistema que também não deu certo. Ninguém fala das tragédias que o capitalismo traz, do poder concentrado nas mãos dos EUA, o pais mais terrorista do mundo.
Oi, Jey. Recomendo que dê uma olhada nestes textos:
http://tuporem.org.br/o-abutre-capetalismo/
http://tuporem.org.br/a-grande-aposta-tem-uma-agulha-no-palheiro-e-o-palheiro-esta-pegando-fogo/
http://tuporem.org.br/oikos-uma-defesa-do-reavivamento-da-economia-domestica/
Acho que o querido (a) Jey não leu o mesmo texto que eu.
O capitalismo deu certo e o socialismo só trouxe desgraça, isso é tão evidente que somente quem nega a realidade se recusa a admitir. As sociedades em que há maior qualidade de vida sãos as que permitem maior liberdade econômica. Ou seja, seu comentário é desprovido de fundamento e completamente irracional. Isso não é nenhuma novidade, pois enquanto a revolução industrial melhorava a vida dos trabalhadores na Inglaterra, Karl Marx deturpava as estatísticas a favor de suas falsas teorias e anunciava o iminente fim do capitalismo. Nada disso aconteceu. O capitalismo trouxe prosperidade como não existiu em nenhum outro período da história humana, e o socialismo empobreceu, escravizou e matou mais de 100 milhões de pessoas. Quem já conhece a raiva, o ódio e a desonestidade intelectual que motiva a esquerda, não se surpreende com um comentário como o seu.
Olá, gostaria de ser informado pelas fontes das citações do John Pipper, por gentiliza.