Estejam preparados | Philip Ryken

O livre arbítrio é responsável pelo sofrimento? | Timothy Keller
23/ago/2017
Argumentos que se autorrefutam | Gregory Koukl
05/set/2017

Não se deixe enganar: existe uma nova e agressiva forma de ateísmo nos Estados Unidos. Os novos incrédulos são ávidos por ganhar as pessoas para sua causa. Não satisfeitos em apenas rejeitar a Deus por si mesmos, eles querem persuadir as outras pessoas a também não crerem nEle.

Alguns desses evangelistas do ateísmo são autores famosos que possuem um alto perfil público. Outros são professores em faculdades e universidades; e outros são pessoas comuns que encontramos no trabalho ou pela vizinhança. Eles podem até ser membros de nossas próprias famílias. Mas, em todos esses casos, sua oposição ao Deus da Bíblia representa um desafio à nossa fé. Na verdade, alguns cristãos acham o ateísmo agressivo mais do que simplesmente intimidador. Sempre que a nossa fé sofre algum ataque, somos tentados a ficar quietos com relação à nossa confiança nas verdades bíblicas ou com relação ao nosso relacionamento com Jesus Cristo.

O apóstolo Pedro escreveu sua primeira epístola a cristãos que enfrentavam desafios parecidos na época da igreja primitiva. A fé desses irmãos estava sofrendo ataques e havia o perigo real de sofrerem pela causa de Cristo ao se manterem firmes no Evangelho. Por isso, Pedro os exorta a estarem prontos para testemunhar com coragem – uma exortação que continua valendo para nós: “[…] ‘Não temam aquilo que eles temem, não fiquem amedrontados.’ Antes, santifiquem Cristo como Senhor no coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês. Contudo, façam isso com mansidão e respeito, conservando boa consciência […]” (1Pe 3:14-16, NVI)

As palavras de Pedro nos trazem conforto: “Não fiquem amedrontados.”. E o motivo por trás disto nos traz ainda mais conforto: Jesus está conosco para nos ajudar. Se conhecemos a Cristo, nós O consideramos o Senhor dos nossos corações. Jesus está conosco – em todo o poder de Sua graça – em toda e qualquer situação difícil que enfrentarmos. Isso inclui todas as oportuniddades que venhamos a ter de testemunhar de Seu sofrimento na cruz e Seu triunfo sobre a sepultura. Não precisamos nos intimidar com aqueles que negam o Evangelho ou com aqueles que negam a existência de Deus. O verdadeiro Senhor, que vive, está conosco para nos ajudar a falar a verdade sobre Sua crucificação e ressurreição, dando às pessoas a esperança de vida eterna.

Entretando, devemos estar prontos para testemunhar. A presença do nosso Senhor não elimina nossa obrigação de estarmos bem preparados para falar às pessoas sobre Sua graça salvadora. A exortação de Pedro sobre como fazermos isto é extensiva. Devemos sempre estar prontos para explicar a razão da esperança que há em nós. Devemos estar prontos para fazer isto de maneira lógica, dando razões da nossa fé em Cristo, bem como respostas às perguntas legítimas que as pessoas têm sobre a Bíblia. Devemos estar prontos para fazer isto com qualquer pessoa que pedir, independentemente de suas convicções religiosas.

Você está pronto para responder às pessoas que lhe pedirem a razão da sua esperança em Cristo, especialmente aqueles que se dizem  ateus? Ler este texto é uma maneira prática de se preparar para dar uma resposta às pessoas. Outra ótima maneira de se preparar melhor para compartilhar da nossa fé é lendo bons livros cristãos, como Verdades Essenciais da Fé Cristã, de R. C. Sproul. Também é importante cultivarmos amizades com pessoas fora da igreja. Quanto mais conhecemos as pessoas, mais elas irão compartilhar suas dúvidas espirituais e mais iremos entender o quanto elas precisam do Evangelho. As palavras de Pedro nos lembram de fazer isto com mansidão e respeito, amando as pessoas que ainda precisam conhecer a Cristo.

A coisa mais importante, porém, que devemos fazer é conduzir as pessoas às Escrituras. As melhores razões que podemos dar às pessoas da nossa esperança em Cristo são razões bíblicas; as respostas mais claras que podemos dar às suas perguntas sobre Deus são respostas bíblicas. O Espírito Santo irá usar as palavras verdadeiras de Deus para fazer Seu trabalho espiritual nas vidas das pessoas. Deus não nos prometeu que iria usar nossos testemunhos pessoais para trazer as pessoas para Cristo. Não importa se falamos de forma eloquente ou persuasiva, nossas palavras, por si mesmas, não possuem o poder de dar vida espiritual às pessoas. O que Deus prometeu usar, de maneira salvadora e santificadora, são Suas próprias palavras – as palavras que lemos na Bíblia, as quais compreendemos com auxílio do Espírito. A Palavra de Deus sempre faz o trabalho de Deus (veja Isaías 55:10-11).

Leia também  Convicções de um velho filósofo e apologista sobre o cristianismo e a defesa da fé cristã | Douglas Groothuis

A Palavra de Deus tem o poder de salvar os ateus, mudando as mentes e corações de pessoas que dizem não crer em Deus. A verdade real, obviamente, é que mesmo o ateu com o coração mais duro, na realidade, acredita em Deus, e apenas se empenha em negar tal fato. Para manter um ponto de vista ateu consistente, os incrédulos precisam reprimir ativamente tudo o que sabem ser verdade acerca da existência de Deus. No fundo, todos sabem que Deus existe (veja Romanos 1:21).

A realidade inevitável do poder de Deus deve nos dar uma confiança extraordinária para praticarmos o evangelismo pessoal. Mesmo que não tenhamos muita confiança em nós mesmos ou em nossa habilidade de responder a quaisquer objeções que os incrédulos possam levantar a respeito do Evangelho, devemos ter total confiança na bondade de Deus. Pelo poder do Espírito Santo, a Bíblia confronta a consciência de todas as pessoas, testemunhando que o Deus que realmente existe ainda fala com cada um nos dias de hoje. Quer estejamos totalmente preparados para oferecer respostas ou não, Deus está sempre pronto para salvar as pessoas por Sua poderosa Palavra.

Traduzido por Filipe Espósito e revisado por Jonathan Silveira.

Texto original: Be Prepared. Ligonier Ministries.

Philip Ryken é doutor em teologia histórica pela Universidade de Oxford e presidente do Wheaton College Seminary. Foi pastor da igreja Tenth Presbyterian Church, na Filadélfia, e escreveu mais de cinquenta livros, como "As doutrinas da graça", "Rei Salomão: as tentações do dinheiro, sexo e poder" e "Amar como Jesus ama", publicados por Vida Nova.
“O amor é paciente, o amor é benigno. Não é invejoso; não se vangloria, não se orgulha, não se porta com indecência, não busca os próprios interesses...”

A maioria das pessoas está familiarizada com os versículos de 1Coríntios 13 — o “Capítulo do Amor”. Talvez esse seja um dos primeiros lugares em que muitos procuram amor na Bíblia e provavelmente seja a passagem mais lida e pregada em cerimônias de casamento. A certeza é que esse poema de Paulo (muitos estudiosos o classificam assim) é o mais completo retrato do amor encontrado na Bíblia e, mesmo assim, não é tão bem compreendido quanto deveria ser.

Philip Ryken, porém, tem algo novo a dizer. Com base na vida e no ministério de Jesus, o autor ilustra o que é (e o que não é) o amor e traz uma perspectiva única para essa passagem. Amar como Jesus ama integra com sucesso ensino bíblico, guias de estudo e uma linguagem acessível — tudo para ajudar o leitor a entender melhor o amor profundo de Cristo e, por sua vez, aprender a amar mais profundamente em resposta. Afinal de contas, “Nós amamos porque ele nos amou primeiro” (1Jo 4.19).

Publicado por Vida Nova.

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: