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10/abr/20153 lições sobre o engajamento cultural em Atos 17 | Mikel Del Rosario
17/abr/2015A todo o momento recebemos uma nova informação sobre o que está acontecendo nos países árabes/muçulmanos. Diversas redes sociais, jornais, reuniões de oração nas igrejas, todos andam falando das barbáries que o grupo ISIS tem cometido naquela região e ao redor do mundo.
Qualquer pessoa de paz e sensata, independentemente de seu credo, há de concordar que um grupo terrorista em nada pode contribuir para nenhum seguimento da sociedade. Todavia, tudo isso que está acontecendo no mundo, principalmente quando envolve cristãos morrendo por causa da fé, deveria nos ensinar muitas coisas. Eu gostaria que a Igreja Ocidental aprendesse algumas lições de suma importância com a Igreja Oriental.
Portanto, de maneira breve e sucinta, quero apontar duas lições que, em meio a essa situação de caos e sofrimento, deveríamos aprender do lado de cá.
Primeiramente, gostaria que a Igreja Brasileira percebesse que há uma Igreja milenar no Oriente Médio que milita pela causa de Cristo há longos anos. Eles não são muitos, não são abastados financeiramente, não são famosos (quase não se ouve falar sobre eles), mas sempre estiveram ali. Por mais difícil que seja e por mais que haja pressão e perseguição, eles permanecem firmes, constantes e pagando um alto preço para servir ao Cordeiro.
Em segundo lugar, gostaria que aprendêssemos com esses valentes do Senhor o que já sabemos: “As aparências enganam”. Os que aparentam ser fracos são fortes! E os que aparentam ser forte, são débeis. Quem são os fortes e quem são os fracos? Somos nós ou a igreja num contexto minoritário no mundo muçulmano? Quem precisa de ajuda? Aparentamos ser fortes porque somos muitos, e somos providos de muitos recursos financeiros e humanos. Mas, numa análise mais aprofundada, talvez descubramos que os fracos estão do lado de cá. Fracos porque muitos estão vivendo uma fé medíocre, rejeitando as provações e tribulações como se elas fossem sempre algo satânico. Fracos porque muitos estão acomodados, vivendo uma “religiosidade domingueira” e perdendo a cada dia a natureza do verdadeiro evangelho; enquanto que, do lado de lá, muitos deles estão recuperando a verdadeira fé.
Acredito que esses acontecimentos estão nos mostrando que eles não são tão fracos assim como pensávamos. Será que estamos prontos a abraçar a perseguição por causa do nome de Jesus, entendendo que pode ser a porta para a entrada no Reino? Nossos irmãos precisam de ajuda, SIM. Precisam de oração, apoio e muito mais. Porém, sejamos humildes e deixemos toda arrogância de pensarmos que somos os fortes e eles os fracos. Não se esqueça, as aparências enganam!
Porém, diante de tudo que os terroristas estão fazendo contra os nossos irmãos, vale lembrar uma frase de John McArthur em seu livro, “A Morte de Cristo”: “Não é porque Deus usa um ato mau para os seus propósitos santos que esse mal pode ser chamado de bom.”
Flávio é casado com Carla e pai da Victoria. É fundador e presidente executivo da MEAB (Missão Evangélica Árabe do Brasil), onde trabalha com mobilização missionária, despertando igrejas e vocacionados para o mundo muçulmano, além de treinar novos missionários que irão para Oriente Médio e Norte da África. |